As negociações continuam. Governador da Bahia e responsável por conduzir a conciliação com o vice, Rui Costa (PT) ofertou a João Leão (PP) a chefia da coordenação da campanha de Lula na Bahia. A proposta não foi bem aceita pelas hostes. O Progressistas seria uma espécie de “rainha da Inglaterra” e promoveria saia justa com o PP nacional.
A oferta é parte da negociação encabeçada por Rui para trazer Leão de volta à chapa governista. A relação entre as partes está abalada desde o anúncio feito pelo senador Jaques Wagner (PT) apontando que Rui vai cumprir o mandato até o final, rompendo um acordo feito anteriormente e que previa João Leão governando a Bahia durante 9 meses enquanto Rui tentava uma cadeira no Senado após renúncia planejada.
Em entrevista ao site Bahia.ba, o vice-governador admitiu mágoa com a base petista e declarou que vai anunciar decisão sobre o futuro político nesta semana.
Segundo Leão, Wagner o convidou para assumir o governo quatro dias antes da entrevista que deu à rádio Metrópole anunciando a manutenção de Rui no Palácio de Ondina e se mostrou surpreso com a declaração. Leão só soube da reviravolta pelo rádio e ficou chateado. Wagner, posteriormente, fez um pedido de desculpas público.
Mesmo com o pedido, Leão seguiu chateado. A oposição viu uma oportunidade de levar um forte aliado político para o seu lado e começou a fazer cortejos públicos ao vice-governador, na intenção de levá-lo para o lado de ACM Neto (União Brasil).
““Não posso pagar com a mesma moeda o que fizeram comigo. Se tem um cara que é fiel chama-se João Leão, correto, digno e tem uma história na vida política e na minha vida familiar. Convivo com dona Tereza há 48 anos. Nunca brigamos, eu nunca discuti com a minha mulher. Eu nunca discuti com meus amigos. Eu, no meu dicionário, não tenho a palavra ex-amigo. Sou um respeitador das pessoas”, disse Leão ao Bahia.ba.
Leão também afirmou estar conversando com seus aliados para não tomar uma decisão de cabeça quente e também mostrou interesse em conversar com o ex-presidente Lula (PT).
“Eu gostaria de conversar com o Lula e com Rui Costa. Mas como o Lula está em São Paulo, eu não vou lá em São Paulo. E essa conversa eu não posso ter com ele por telefone. Conversei com o Rui, mas disse que estava pensando no rumo que eu iria tomar. Não dei uma resposta nem que sim nem que não”, declarou.