Restaurantes, bares, lanchonetes e padarias da Bahia registraram avanço de 7,3% no faturamento em abril, em comparação com o mesmo mês de 2021, é o que apontam os índices divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas. Os dados, que avaliam o desempenho dentro do cenário da pandemia e consideram a inflação no período (ou seja, são calculados em termos reais),mostram, em contraponto, queda no valor gasto nos supermercados (-13%).
Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) revelam também aumento de 21,6% na quantidade de vendas e de 7,3% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação no mês de abril.
“Pelo segundo mês consecutivo notamos um aumento na quantidade de vendas dos restaurantes, bares, padarias e lanchonetes da Bahia. Mesmo que esses números ainda estejam distantes do cenário observado antes da pandemia, mostra uma recuperação importante para o setor, com o faturamento também apresentando resultados otimistas”, destaca Cesario Nakamura, presidente da Alelo.
Em relação aos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de abril, em comparação com o mesmo período de 2021, indicam que o segmento encerrou o período com queda de 6,8% na quantidade de vendas e 3,9% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação.
Panorama pré-pandemia dos indicadores
Quando observamos as variações calculadas comparando 2022 com 2019, período pré-pandemia, o ICR mostra queda nos três indicadores em abril: -42,5% no faturamento, -48,8% na quantidade de vendas e –25,8% no número de estabelecimentos que realizou transações.
Ao ter como base o comportamento de consumo em supermercados, de acordo com o ICS, observamos queda de 6,0% no faturamento e 7,3% na quantidade de vendas, enquanto cresceu 6,1% o número de estabelecimentos que registrou ao menos uma transação.
Segundo os pesquisadores da Fipe, a leitura dos resultados dos indicadores de consumo de abril de 2022 reforça o contraste entre o desempenho dos dois segmentos nos últimos 12 meses: no caso de supermercados, embora equiparável ao nível de consumo pré-pandemia, é nítida uma retração relevante do consumo em todas as aberturas (volume, valor e número de estabelecimentos que efetivaram ao menos uma transação). É possível argumentar que as divergências na evolução de consumo dos segmentos possam repercutir em mudanças nos hábitos e comportamento dos consumidores, incluindo a migração dos gastos e uma maior disposição em gastos com serviços (incluindo bares e restaurantes).
Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional.
Dados regionais
Em termos regionais, adotando como parâmetro a variação do valor gasto em restaurantes entre abril de 2019 (período pré-pandemia) e abril de 2022, é possível notar um maior impacto na região Nordeste (-38,8%). Entre as demais, a queda foi de: Centro-Oeste (-33,6%), Norte (-33,5%), Sudeste (-32,4) e Sul (-30,9%).
Metodologia dos índices
Todos os índices foram elaborados e depurados com base em critérios estatísticos para garantir a consistência e a interpretação dos resultados ao longo do tempo:
- Amostra: todos os índices são calculados a partir de dados diários de transações realizadas em estabelecimentos comerciais distribuídos por todo o território nacional, entre 1 de janeiro de 2018 e 30 de abril de 2022.
- Valores atípicos: para evitar oscilações nos índices decorrentes de eventuais entradas ou saídas de empregadores de grande porte na base de dados, observações associadas a empresas que se enquadram nesses critérios foram desconsideradas nos cálculos.
- Sazonalidade: foram adotados os seguintes procedimentos para mitigar a influência de fatores sazonais: (i) cálculo de média móvel de 7 dias (dados do dia observado e dos 6 dias anteriores a ele), eliminando assim os efeitos dos dias úteis e finais de semana sobre as séries; (ii) identificação e filtragem de fatores sazonais relacionados ao comportamento das séries em dias específicos dentro de cada mês (1º dia, 5º dia, 10º dia…), por conta do calendário de recarga e distribuição temporal do uso dos benefícios nos estabelecimentos no período.
- Inflação: os dados relativos ao consumo em valor foram deflacionados com base na variação mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- Influência de outros fatores: os impactos apresentados não excluem a influência de fatores, eventos e políticas coincidentes com a pandemia sobre o comportamento e hábitos de consumo da população ao longo do período de análise. Todavia, levando-se em conta o caráter inesperado das medidas restritivas instituídas a partir de março, na maior parte das grandes cidades, bem como o padrão comportamental dos índices nos anos precedentes, é possível relacionar as variações atípicas observadas no comportamento das séries à pandemia da Covid-19.
- Frequência: todos os índices são apresentados com frequência diária para todo o período disponível da amostra, tendo por referência inicial (base 100) a média diária em janeiro de 2018. Os impactos calculados estão disponíveis para todos os dias, quinzenas e meses de 2020 e 2021.
- Recorte geográfico: os impactos — apresentados como percentuais de variação dos índices em relação à média observada em 2019 — consideram os seguintes recortes: (i) média nacional (Brasil); (ii) Médias das 5 regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste); (iii) Média dos 26 estados e Distrito Federal (27 unidades federativas).
Sobre a Fipe
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas — Fipe é uma organização de direito privado, sem fins lucrativos, criada em 1973. Entre seus objetivos está o apoio ao Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Possui, hoje, destacada atuação nas áreas de ensino, projetos, pesquisa e desenvolvimento de indicadores econômicos e financeiros.
Sobre a Alelo
Somos Alelo. Somos feitos pra conectar pessoas — de norte a sul, de gente pra gente. Com mais de 18 anos de história, nos tornamos especialistas em benefícios, gestão de despesas corporativas e incentivos — tudo isso dentro dos segmentos de alimentação, cultura, transporte e saúde. O que oferecemos pro mundo?
· Produtos e serviços: Alelo Tudo, Alelo Refeição, Alelo Alimentação, Alelo Natal, Alelo Multibenefícios, Alelo Mobilidade, Alelo Frota, Alelo Gestão de VT, Alelo Cultura, Pede Pronto e Veloe.
· Cartões pré-pagos: Alelo Despesas, Alelo Pagamentos e Alelo Premiação.
· E todos os dias oferecemos tranquilidade pra mais de 100 mil empresas-clientes e 8 milhões de pessoas que confiam na gente. Sem esquecer que contamos com a maior rede de estabelecimentos comerciais afiliados do Brasil. É assim que, desde 2013, lideramos o setor de benefícios no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Fonte: Anderson Estevan e Amanda Barbosa