Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, mostrou um aumento no número de idosos com acesso à internet no Brasil. Os dados apontam que, em 2021, 97% das pessoas com mais de 60 anos utilizaram a internet, no país. A inclusão digital pode facilitar a comunicação e o acesso à informação, além de proporcionar entretenimento aos mais velhos.
“A inclusão digital contribui para a inclusão social, podendo potencializar as relações familiares, aproximar filhos, netos e amigos, manter a mente ativa e oferecer diversão”, afirma Artur Kronbauer, professor dos cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação da UNIFACS. Além disso, ele frisa que a utilização de assistentes virtuais pode ter inúmeras outras utilidades, como lembrá-los sobre compromissos, fazer compras ou chamar um transporte por aplicativo.
Entretanto, é preciso estar atento ao recurso mais adequados à condição física e mental do idoso para proporcionar uma melhor experiência do usuário. Pensando nisso, profissionais especializados na área de Interação Humano-Computador desenvolvem projetos adequados para cada público-alvo. Os resultados indicam quais mecanismos podem motivá-los a aprender e a se tornarem cada vez mais independentes em relação à tecnologia.
“Inúmeros estudos nacionais e internacionais vêm sendo desenvolvidos para a adequação de interfaces para pessoas da terceira idade, gerando recomendações que podem ser seguidas no projeto de dispositivos e softwares para o público idoso, por exemplo”, ressalta o especialista.
Recomendações
Seguindo as recomendações dos estudos, profissionais responsáveis pela criação e desenvolvimento de aparelhos de celular, relógios inteligentes, sites, aplicativos e outras plataformas, indicam estratégias como:
– Disponibilizar ícones de fácil compreensão seguido de legenda ou descrição;
– Elaborar botões com rótulos ao invés de imagens;
– Destacar as funcionalidades principais do sistema;
– Exibir um painel de ajuda e dicas sobre as funcionalidades no primeiro acesso do usuário;
– Orientar o usuário por meio de mensagens com linguagem clara, objetiva e educacional;
– Utilizar fonte com boa leitura e cores com contraste;
– Manter o foco do sistema na ação corrente do usuário sem exibir funcionalidades secundárias;
– Manter links sublinhados.
Fonte: Daniela Passos e Graziela Garcia