O índice de brasileiros entre 18 e 24 anos de idade que não estudam e não trabalham é de 36% — o que representa, praticamente, um em cada três jovens nessa faixa etária. Os números estão em um relatório publicado pela OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Nesse quesito, o Brasil é o segundo país com o maior índice de jovens na faixa dos chamados “nem-nem” há mais de 12 meses — atrás apenas da África do Sul. O estudo foi realizado em 45 países integrantes e parceiros da OCDE.
Na avaliação da professora Claudia Costin, do Centro de Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas, o problema dos jovens que não trabalham e não estudam no Brasil pode ser explicado por vários motivos — inclusive, pela necessidade de fechamento das escolas durante os primeiros anos da pandemia de covid-19.
A professora Claudia Costin também ressaltou que o alto índice de jovens fora do mercado de trabalho e também das salas de aula significa um risco não somente para o futuro dessas pessoas, mas também para o desenvolvimento do país.
O relatório da OCDE também apontou que os brasileiros que ingressam no Ensino Superior encontram dificuldade para concluir a graduação no tempo previsto. Enquanto 33% terminam o curso sem atrasos, quase 50% ultrapassam em três anos o prazo estimado para conclusão.
Fonte: Rádio Agência Nacional