O Indicador de Recuperação de Crédito, por outro lado, recuou 2,1% no mês de janeiro
O número de registros de inadimplentes subiu 1,1% no primeiro mês do ano em comparação a dezembro de 2022, segundo dados dessazonalizados da Boa Vista, que abrangem todo território nacional. A variação foi mais tímida em comparação às duas últimas, mas o indicador aponta alta de 6,0% no trimestre móvel encerrado em janeiro, contra o trimestre móvel imediatamente anterior, livre também de influências sazonais.
Na série de dados originais foi observado mais um forte avanço na comparação interanual, desta vez, de 27,7%, e isso fez com que a curva de longo prazo do indicador, medida pela variação acumulada em 12 meses, se mantivesse numa trajetória de crescimento acelerado, passando de 19,9% para 20,8% entre os meses de dezembro e janeiro.
Fonte: Boa Vista
“O indicador somou a sétima alta consecutiva e isso mostra como tem sido difícil para as famílias manterem as contas em dia. O cenário é delicado, as projeções para 2023 não são animadoras e este caminha para ser mais um ano de alta no número de registros”, disse Flávio Calife, economista da Boa Vista.
Fonte: Boa Vista
Recuperação de Crédito do Consumidor
O indicador de Recuperação de Crédito da Boa Vista caiu 2,1% na comparação mensal, mas encerrou o trimestre móvel com elevação de 3,1%, de acordo com os dados dessazonalizados. Em relação ao mês de janeiro do ano passado o indicador subiu 18,9% e o resultado acumulado em 12 meses também acelerou, de 15,4% para 15,9%.
“Esse crescimento forte se deve, em parte, ao aumento no número de registros. É esperada uma desaceleração de ambos em 2023 e há outros fatores que podem, de certa forma, acelerar essa dinâmica, como o programa do governo federal que promete tirar uma parte da população da inadimplência por meio da renegociação das dívidas. Claro que isso, por si só, não resolve o problema das famílias, como foram as postergações em 2020, quando a taxa de inadimplência caiu muito para depois subir de forma rápida como aconteceu ao longo do ano passado”, concluiu o economista da Boa Vista.
Fonte: Liliana Liberato