Os candidatos ficaram posicionados no estúdio da emissora na seguinte ordem (da esquerda para a direita): Célia Sacramento (Rede), João Santana (MDB), Rui Costa (PT), João Henrique (PRTB), José Ronaldo (DEM) e Marcos Mendes (PSOL). O candidato Orlando Andrade (PCO) foi o único ausente, porque seu partido não tem o número mínimo de cinco representantes no Congresso Nacional, exigência da legislação para participação em debates em rádios e TVs.
O debate foi dividido em cinco blocos. No primeiro, cada candidato respondeu a uma mesma pergunta, elaborada a partir de sugestões de telespectadores, sobre ações a serem executadas na educação e segurança, pensando as áreas de forma integrada.
A primeira a responder, conforme sorteio, foi Célia. Ela disse que não é possível resolver os problemas de segurança sem investir em educação. “Tudo começa com valorização do professor, estruturação de escolas, inclusão de assistente social dentro das escolas. Também é importante a merenda e, no contraturno, a educação em tempo integral. A partir da ocupação da juventude, resolvemos a segurança. Vamos também observar como qualificar a polícia”.
Em seguida, foi a vez de João Santana, que afirmou que a melhoria da educação e da segurança passa, também, pela recuperação da economia. “O povo precisa entender que tudo passa pela economia. Temos indicadores terríveis na segurança, fruto de uma realidade socioeconômica e política. Temos que trabalhar uma série de fatores, que vão da inteligência ao aumento da tropa da PM e evitar que, na polícia, se tenha influência política para promoção”.
Rui Costa, terceiro a falar, elencou ações que executou durante o seu mandato e disse que pretende continuar investindo na educação. “Criamos o ‘Primeiro Emprego’ para dar oportunidade ao jovem que conclui o segundo grau e o ‘Mais futuro’, que dá bolsas a oito mil jovens. Estruturamos programa de estágio que dá oportunidade a 7 mil jovens e vamos continuar avançando na escola de tempo integral e garantir que todas as cidades tenham cursos profissionalizantes”.
O candidato João Henrique disse que educação e segurança estão relacionados e propõe um maior investimento na primeira área. “Todas as propostas aqui apresentadas estão no TPE, que é o movimento Todos pela Educação: educação em tempo integral, qualificação dos professores e notas do Ideb. Vou discutir com o nosso fututo presidente Jair Bolsonaro que investir apenas 10% do PIB do Brasil em educação é muito pouco”.
José Ronaldo criticou política de educação e a de segurança do atual governo da Bahia e disse que pretende enfrentar os obstáculos. “A educação do estado é a pior do Brasil. Não há construção de nenhuma escola no atual governo. Com as universidades em greve, mandaram cortar o ponto dos servidores, que estão com vencimento abaixo do salário mínimo.No ano passado, tivemos 7.161 pessoas mortas, o dobro de SP. Vou enfrentar esses problemas diretamente”.
Marcos Mendes também criticou a atual política de segurança e disse que a educação “não é tratada como prioridade”. “Das universidades, foram retirados R$ 200 milhões em quatro anos e ele gastou R$ 210 milhões com propaganda.Pensamos que a educação e a segurança estão relacionadas, mas quando se fala em segurança não é questão de polícia. Vamos investir em educação pública de qualidade, em assistência social e saneamento”.
No segundo e quarto blocos, ocorreram “confrontos diretos”, em que cada candidato teve a oportunidade de dirigir perguntas a seus oponentes. No terceiro, jornalistas e colunistas da Band fizeram perguntas aos candidatos sobre temas variados, como saúde, emprego e infraestrutura. Por fim, no quinto bloco, os candidatos fizeram suas considerações finais.
Marcos Mendes voltou a criticar o atual governo da Bahia e disse que, se eleito, adotará medidas que visem a valorização dos servidores da saúde e da educação.
José Ronaldo aproveitou para falar sobre sua trajetória de vida e política e disse que pretende adotar ações para servir a todos os baianos, sobretudo os mais humildes.
João Henrique ressaltou que tem propostas para áreas como educação, segurança e saúde e pediu que os eleitores acompanhem os debates para escolher bem os seus representantes.
Rui Costa pediu votos aos candidatos de sua chapa, disse que espera que Lula seja candidato à presidente e afirmou que a Bahia continuará tendo “exemplo de gestão”.
João Santana citou sua trajetória profissional, disse que é “ficha limpa” e afirmou ter solução para o problema do desemprego, através da aliança da economia com a educação.
Célia Sacramento, última a falar, disse que vai adotar ações para combater o desemprego e melhorar o sistema de saúde, através da valorização dos profissionais da área.
Fonte: G1 Bahia