Só 16% do público-alvo da campanha nacional de vacinação contra poliomelite e sarampo foi imunizado, segundo o Ministério da Saúde. A campanha começou no dia 6 de agosto. Neste sábado (18) mais de 36 mil postos de vacinação em todo o país estarão abertos para o Dia D de mobilização nacional.
A campanha tem por objetivos:
Vacinar quem nunca tomou a vacina;
Completar todo o esquema de vacinação de quem não tomou todas as vacinas;
Dar uma dose de reforço para quem já se vacinou completamente (ou seja, tomou todas as doses necessárias à proteção).
A meta é vacinar 11 milhões de crianças entre 1 e 5 anos até o dia 31 de agosto. Segundo o Ministério da Saúde, São Paulo é um dos estados com melhor cobertura vacinal, mesmo assim só 40% das crianças foram imunizadas. No Amazonas, onde a situação é crítica e há 910 casos registrados de sarampo, só 3% das crianças foram vacinadas.
O infectologista Jean Gorinchteyn afirma que o baixo índice de imunização é preocupante. “Para que a população infantil esteja protegida é necessário que haja uma meta de 95% de vacinação desse grupo. Menos do que isso nós ainda teremos risco de ter crianças doentes.”
A campanha nacional vai até o final do mês e trata-se de uma campanha de mobilização, já que a vacina contra o sarampo fica disponível o ano inteiro nos postos de saúde.
Esse tipo de campanha que inclui o reforço da dose, informa o Ministério da Saúde, acontece de quatro em quatro anos e já estava prevista no orçamento da pasta. Esse ano, no entanto, a campanha é ainda mais importante dada à volta da circulação do sarampo no território brasileiro e a ameaça da poliomielite.
O Brasil tem 822 casos confirmados de sarampo em 2018. Já em relação à paralisia infantil, trata-se de uma precaução, já que 312 cidades estão abaixo da meta preconizada para o controle da doença e um caso foi registrado na Venezuela em junho. Não há, contudo, casos de paralisia infantil no Brasil.