Morreu, aos 89 anos, o Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, Arcebispo Emérito de Salvador. A informação foi divulgada neste sábado (26) pela Arquidiocese de Salvador.
Segundo a Arquidiocese de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo morreu em Londrina, no Paraná, onde morava. A causa da morte não foi detalhada.
Dom Geraldo Majella Agnelo leu a carta apostólica na beatificação de Santa Dulce, em 2011, e foi responsável por escrever a oração da santa.
O Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia, em janeiro de 1999. A posse ocorreu no dia 11 de março do mesmo ano.
Em maio de 2001 foi nomeado membro da Pontifícia Comissão dos Bens Culturais da Igreja e eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dois anos depois.
Dom Geraldo teve o pedido de renúncia aceito pelo Papa Bento XVI, em 2011, tornando-se Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Salvador. Em 2014, por um desejo seu, passou a morar em Londrina.
A Arquidiocese do Paraná informou que ele será velado na Catedral Municipal de Londrina às 8h de segunda-feira (28) e sepultado na Cripta da Catedral Metropolitana, às 12h.
Dom Geraldo Majella Agnelo nasceu no dia 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Aos 12 anos ingressou no Seminário Menor Diocesano Santo Antônio, também em Juiz de Fora, onde ficou até completar 14 anos.
Ingressou no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo, em 1951, onde cursou filosofia por dois anos. Em seguida, cursou a licenciatura do mesmo curso na Faculdade de Filosofia da Universidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo.
A licenciatura em teologia foi cursada na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, também em São Paulo, de 1954 a 1957.
Entre os anos de 1967 a 1969, Dom Geraldo Majella fez uma especialização em Liturgia, no Instituto Litúrgico do Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma. A ordenação sacerdotal aconteceu no dia 29 de junho de 1957, na Catedral de São Paulo, por Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, Arcebispo Auxiliar de São Paulo.
Como presbítero recebeu os cargos:
- diretor Espiritual e professor no Seminário Vestibular Santo Cura d’Ars, para vocações adultas, na Freguesia do Ó, São Paulo (1958-1959);
- assistente Eclesiástico da Juventude Estudantil Católica Feminina (1959-1960);
- notário do Tribunal Eclesiástico de São Paulo;
- colaborador na Paróquia de Santo Antônio da Barra Funda em São Paulo (1958-1978);
- diretor Espiritual do Seminário Filosófico da Arquidiocese de São Paulo em Aparecida (1960-1963);
- diretor Espiritual e professor no curso teológico do Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo (1964 a 1967);
- professor na Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1964-1967);
- cônego do Cabido Metropolitano de São Paulo por S. E. o Sr. Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta (1964-1978);
- cerimoniário da Catedral Metropolitana, em São Paulo.
Durante a permanência em Roma junto ao Pontifício Colégio Pio Brasileiro, entre 1967 e 1969. participou do programa para o Brasil intitulado “Liturgia e Vida”, semanalmente pela Rádio Vaticana.
Ainda em Roma, colaborou na Paróquia de São Clemente Papa de Montesacro, coordenou a Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, foi professor de Teologia Sacramentária e Liturgia no Instituto Teológico Pio XI – Salesiano, e no Seminário Maior João XXIII – Scalabriniano.
Foi vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – Regional Sul II, em 1980. No dia 27 de outubro de 1982 foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Arcebispo Metropolitano de Londrina, tomando posse em 28 de outubro de 1983.
Neste mesmo ano, assumiu a presidência da Comissão Litúrgica da CNBB, até 1987. Foi nomeado pelo Papa João Paulo II como secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em 16 de setembro de 1991.
Também foi nomeado pelo Papa João Paulo II como membro da Pontifícia Comissão para a América Latina em 3 de junho de 1994; presidente da Comissão de Liturgia do Grande Jubileu em 2000 e membro do mesmo Comitê em 17 de março de 1995.
Foi ainda membro do Pontifício Comitê dos Congressos Eucarísticos Internacionais.
Dom Geraldo recebeu, ainda, as nomeações de: vice-presidente do Conselho Latino-Americano – CELAM, em 1999; membro do Pontifício Conselho de Migrantes e Itinerantes em (2000). Em 21 de fevereiro de 2001 recebeu o barrete cardinalício, tornando-se Cardeal, na via Magliana Nova – Roma.
Fonte g1/Bahia