O programa eleitoral do PT deste sábado (1º), transmitido pelas emissoras de rádio às 7 horas, Luiz Inácio Lula da Silva foi mantido como o centro das atenções, mesmo após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de barrar a sua candidatura.
A finalização dos votos dos ministros da Corte só foi encerrada durante a madrugada, e não houve tempo de alterar o conteúdo do programa, de acordo com informações do site Metrópoles.
O TSE também determinou que o ex-presidente não pode mais aparecer nas propagandas da sigla como candidato, mesmo que ainda exista a possibilidade de recorrer da decisão.
No programa de hoje, o PT ressaltou a recomendação do comitê de Direitos Humanos da ONU, que pediu que o Brasil tomasse medidas para garantir os direitos políticos do ex-presidente.
Ele está preso desde abril, na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR), condenado a 12 anos e um mês de prisão em segunda instância, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex no Guarujá (SP).
Ontem (31), em sessão extraordinária que durou mais de nove horas, seis ministros do TSE votaram contra a candidatura do ex-presidente, com base na Lei da Ficha Limpa. Nos termos do voto do relator, Luís Roberto Barroso, que foi acompanhado pela maioria, a decisão do plenário do TSE é a palavra final sobre a candidatura e passa a valer imediatamente.
Os ministros decidiram, seguindo o voto do relator, que o PT tem dez dias corridos para substituir Lula na cabeça da chapa. Enquanto isso não for feito, o partido não pode fazer campanha nem utilizar seu tempo no horário eleitoral no rádio e na TV. O plano B do partido é o vice, Fernando Haddad.
Votaram por negar o registro de candidatura o relator do processo, Barroso, além de Rosa Weber, Jorge Mussi, Og Fernandes, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. Já Edson Fachin reconheceu a inelegibilidade de Lula, mas votou por liberar sua candidatura devido a uma decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU obtida pela defesa.