Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina tiveram aumento nos casos; DF e RJ apresentaram reversão no crescimento
O boletim da Agência Fiocruz divulgado nessa quinta-feira (9) chama a atenção para a heterogeneidade dos casos de Covid-19 nos estados brasileiros.O relatório ressalta tanto o aumento nas internações relacionadas à Covid-19 na Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo; quanto uma possível estagnação em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Já o Distrito Federal e o Rio de Janeiro demonstram uma reversão nesse crescimento.
Foram reportados 155.628 casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) durante o ano de 2023. Destes, 39,2% apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, com 32,4% relacionados ao Sars-CoV-2. Nas últimas quatro semanas, a predominância entre os casos positivos foi de 60% para o Sars-CoV-2.
“É importante a gente entender que existem diferentes cenários no Brasil. Depende muito da circulação viral e principalmente da cobertura vacinal, especialmente nos grupos mais vulneráveis: idosos, imunossuprimidos e crianças. Para essa população, nesse momento, é importante que nesses estados onde tem ampla circulação que a população compareça a unidade básica de saúde e atualize a sua vacina”, pontua Julio Croda, médico infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
O boletim informou que foram registrados 9.546 mortes decorrentes de SRAG durante o ano de 2023, sendo que 70,4% desses óbitos estavam relacionados à Covid-19. Nas últimas 4 semanas houve um aumento: 82,5% das mortes por SRAG relacionadas ao coronavírus.
“A gente tem baixas coberturas de dose de reforço para vacina bivalente e esse é o momento importante de atualização, pois é justamente o momento onde a gente tem uma circulação viral mais intensa”, completa Croda.
Em entrevista à Agência Fiocruz, o integrante do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, também destaca a importância da vacinação das crianças e o uso de máscaras para reduzir o risco de transmissão do vírus.
“Para quem estiver com sinal de infecção respiratória, quadro de resfriado, de gripe, tosse, espirros, entre outros sintomas, a orientação é usar uma boa máscara para proteger o restante da população. O ideal é que quem apresentar esses sintomas fique em casa e faça repouso. Dessa forma, será possível se recuperar melhor e também proteger outras pessoas da doença”, recomenda Gomes.
Fonte: Brasil 61