O Ministério Público de São Paulo ajuizou nesta quarta-feira (5) uma ação de improbidade administrativa contra o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à Presidência na eleição deste ano.
Segundo os promotores, o tucano aceitou pelo menos R$ 7,8 milhões da Odebrecht para financiar sua campanha à reeleição, em 2014, por meio de caixa dois.
O promotor Ricardo Manuel Castro pede que Alckmin seja condenado à suspensão dos direitos políticos, à perda de eventual função pública e à perda dos valores ilicitamente acrescidos a seu patrimônio. O ex-governador nega qualquer irregularidade no financiamento.
O Ministério Público afirma que o tesoureiro da campanha de Alckmin, Marcos Monteiro (ex-secretário de Planejamento), agendou uma reunião com executivos da Odebrecht na sede da empreiteira para pedir uma doação sem declaração à Justiça Eleitoral.
Segundo as investigações, a entrega dos recursos foi feita em dinheiro vivo, em um hotel da zona sul de São Paulo. Os promotores apontam o pagamento em nove parcelas, de 30 de abril de 2014 a 31 de outubro de 2014.
O valor de cada remessa variava de R$ 300 mil a R$ 1,5 milhão, de acordo com os investigadores. O Ministério Público corrigiu o valor total pela inflação, somando R$ 9,9 milhões.
O repasse é classificado como um “esquema fraudulento” para financiar a candidatura do tucano naquela disputa.
Fonte: Notícias Ao Minuto