Depois de decidirem cancelar suas agendas na sexta-feira (7), em razão do atentado contra a vida do deputado Jair Bolsonaro (PSL) no dia anterior, os candidatos à Presidência da República nas eleições gerais de 2018 voltaram às atividades.
Neste sábado (8), Marina Silva (Rede), candidata que aparece como segunda colocada nas intenções de voto segundo a última pesquisa Ibope, participou de uma “caminhada pela paz” no centro de São Paulo.
“O que vai nos defender contra a violência não é uma arma na nossa mão, é amor e respeito uns pelos outros”.
A paz foi também o tom do discurso de outros presidenciáveis na luta pela sucessão de Michel Temer. Geraldo Alckim (PSDB), que passou pelas cidades de Florianópolis, Içara, Forquilhinha e Criciúma, todas em Santa Catarina, fez uma alusão ao principal mantra de Bolsonaro – a liberação das armas de fogo – para pedir paz.
“A política é a única arma aceitável em uma disputa eleitoral. Nada justifica a violência. É preciso ter serenidade”, clamou Alckmin, que também usou as redes sociais para expor sua posição.
Ciro Gomes participou de carreata em Juazeiro do Norte, no Ceará, além de ter passado por Campina Grande, na Paraíba. O candidato do PDT se mostrou impressionado com a recepção do público local.
Assim como fizeram Marina Silva e Geraldo Alckmin, Ciro adotou um tom de preocupação com a violência, mas garantiu que não mudará sua estratégia de campanha após o atentado a Jair Bolsonaro.
“Nós precisamos ir para a rua, abraçar o povo e fazer força para que a disputa política seja uma disputa de ideais, de projetos e jamais de violência”.
Campanha caseira
O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que concorre como vice-presidente na chapa do PT que ainda leva o nome de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato ao Planalto, fez campanha pela Zona Sul de São Paulo, ao lado de Luiz Marinho, Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto.
Os candidatos Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) não fizeram atividades públicas neste sábado. Álvaro Dias (Podemos) mencionou o ataque a Jair Bolsonaro durante sua propaganda eleitoral ao afirmar que “sempre soube que não é na faca ou na bala que se resolvem os problemas”.