No ano de 2023, o Brasil registrou, em média, um feminicídio a cada seis horas. Os dados foram coletados a partir de um estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgados nesta quinta-feira (7), na véspera do Dia Internacional de Luta das Mulheres.
O número alarmante representa um crescimento de 1,6% em relação a 2022. Ao todo, no ano passado 1.463 mulheres foram vítimas desse tipo de crime, ou seja, 1,4 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil, o maior registro desde a criação da lei, em 2015. 18 estados apresentaram taxas de feminicídio acima da média nacional.
A Lei 13.104/2015 determina que feminicídio se configura quando há morte de mulher “por razões da condição de sexo feminino”, o que inclui casos de crimes que envolvam violência doméstica e familiar, assim como menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
No total, desde que o crime foi definido em lei, cerca de 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio no país. O número pode ser ainda maior, já que há indícios de subnotificação. Na maioria das vezes, os assassinos são o companheiro ou o ex-companheiro.
Para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os dados apresentados na pesquisa “apontam para o contínuo crescimento da violência baseada em gênero no Brasil, do qual o indicador de feminicídio é a evidência mais cabal”.
Fonte Metro1