Durante a entrega da remobilização do Hospital Santa Clara, que é dedicado ao atendimento de pacientes com diagnóstico de coronavírus (Covid-19), o prefeito ACM Neto alertou para a possibilidade de um colapso na saúde com a segunda onda da doença atingindo altos índices na capital baiana.
O equipamento, entregue na manhã desta quarta-feira, 23, terá 60 leitos disponíveis, com 10 leitos de UTI e 50 leitos clínicos, e faz parte da remobilização prometida pelo prefeito para o fim de ano com outros dez leitos, com previsão de abertura até o fim do mês, no Hospital Sagrada Família. Com isso, a cidade terá o mesmo número de leitos ofertados durante a primeira onda da pandemia, o que pode não ser suficiente de acordo com Neto.
“A pergunta que nos fazemos é: a recomposição de 100% dos leitos é suficiente para evitar colapso? E a resposta é que não sabemos. É preciso ser muito transparente nessa resposta. Estamos vendo um ritmo muito maior de crescimento agora do que havíamos visto no primeiro semestre e não adianta o esforço ser apenas nessa direção de aumento de leitos. Isso nós estamos fazendo. Corremos atrás da recomposição de todos os leitos que haviam sido desmobilizados, porém é preciso agir na contenção desse crescimento”, avaliou.
O prefeito voltou a afirmar que caso os índices continuem subindo, a restrição de atividades poderá ser implementada para evitar o crescimento no número de casos. “Não queremos isso. Mas caso essas medidas sejam inevitáveis, não hesitaremos em tomar. São Paulo já anunciou fechamento de todas as atividades não essenciais. É um prejuízo econômico brutal. Não desejamos isso mas não descartamos caso seja necessário. Precisamos preservar as vidas”, alertou.
Fernando Valverde/A Tarde