A empresa que administra o aeroporto de Salvador, a Vinci Airport, informou que, a partir da próxima segunda-feira (8), aviões operados pela companhia aérea Avianca, atualmente em processo de recuperação judicial, somente serão autorizados a decolar caso a empresa repasse previamente ao aeródromo as tarifas relativas ao voo.
A Vinci diz que, na capital baiana, atualmente existe ordem judicial que obriga a Avianca a normalizar repasse das tarifas de embarque ao Salvador Bahia Airport, ordem esta que, conforme a empresa, ainda não foi cumprida, causando um prejuízo que se aproxima de 10 milhões de reais.
Com a decisão, a Vinci recomenda que os passageiros que adquiriram passagens juntos à companhia aérea verifiquem o status de sua viagem antes de dirigirem-se ao terminal.
A Vinci afirma que a Avianca foi notificada da mudança de seu status no que se refere à política tarifária e a decisão também já foi repassada à Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC).
A empresa ainda disse que solicitou que a Avianca adote todas as medidas necessárias para evitar atrasos na liberação dos voos, devendo os passageiros serem devida e previamente avisados sobre toda e qualquer ocorrência que tenha impacto sobre os voos programados.
O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Avianca, que informou que está ainda apurando o caso e que, em breve, dará um retorno.
Na noite de quinta-feira (4), um voo da Avianca que seguia de Brasília para Congonhas, em São Paulo, foi impedido de decolar porque o avião foi penhorado pela Justiça. Passageiros e tripulantes, que já tinham embarcado, ficaram por uma hora e dez minutos dentro da aeronave e foram retirados por oficiais de Justiça.
O “confisco” do avião partiu de uma decisão liminar que atendia a um pedido dos credores da companhia. A Avianca conseguiu reverter a liminar, mas os oficiais de Justiça já tinham ido ao aeroporto e houve o atraso.