Agentes penitenciários apreenderam 407 celulares em presídios no Ceará desde quarta-feira (2), em meio à onda de ataques que ocorrem no estado. As promessas do secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, de tornar mais rigorosa a fiscalização nos presídios e de acabar com a divisões de facções nas unidades foram o estopim da crise da segurança no estado, de acordo com o presidente do Conselho Penitenciário do Ceará, Cláudio Justa.
Desde quarta-feira foram 98 ataques em 33 cidades do Ceará. Dois suspeitos morreram em troca de tiro com policiais, e outros 110 foram presos ou detidos, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Ceará.
De acordo com Mauro Albuquerque, o controle da entrada de celulares será “uma das medidas” adotadas na gestão dele como secretário de Administração Penitenciária, cargo criado no segundo mandato do governador do Ceará, Camilo Santana, em 1º de janeiro deste ano. “É uma das medidas, mas não a única. Investir nos equipamentos que impeçam a entrada de objetos é um trabalho mais importante e que vamos aprimorar aqui”, afirmo Mauro.
Como reação às medidas do governo, membros de facções criminosas ordenaram, de dentro de presídios, uma série de crimes violentos no Ceará.
Durante este fim de semana, duas unidades tiveram as visitas de familiares suspensas, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (Seap). Segundo a Seap, a medida foi tomada após “indisciplina dos internos”.