A Anvisa concedeu o registro ao Cabotegravir, um novo medicamento em forma de injeção que é aplicado a cada dois meses para prevenir a infecção pelo HIV. Desenvolvida pela GSK e comercializada como Apretude, a injeção funciona como uma profilaxia pré-exposição ao vírus (PrEP). No Brasil, desde 2017, a PrEP é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de comprimidos diários.
O Cabotegravir é destinado a grupos considerados de maior risco de exposição ao HIV, como homens que fazem sexo com outros homens, profissionais do sexo e pessoas em relacionamentos sorodiscordantes. A injeção, que substitui os comprimidos diários, reduz o risco de contaminação em mais de 90%.
Desde a implementação da PrEP no Brasil, 81.824 pessoas acessaram a terapia, sendo 89% através da rede pública. No entanto, mais de 22 mil indivíduos deixaram de aderir à estratégia, principalmente devido à dificuldade de manter a adesão ao esquema diário de comprimidos.
Para melhorar a aderência, pesquisadores têm desenvolvido novos fármacos, como aqueles de longa duração, que podem ser aplicados com intervalos maiores, ou em formatos de implantes. O Cabotegravir se destaca como uma opção mais eficaz de PrEP, com uma redução significativa na frequência de administração, passando de 365 vezes ao ano para apenas seis.
A eficácia superior observada nos estudos clínicos do Cabotegravir pode ser atribuída à maior facilidade de adesão, eliminando a necessidade de comprometimento diário com os comprimidos para garantir a proteção contra o HIV.
Com informações de O Globo