O descarte irregular de lixo é um problema grave para o meio ambiente. No Nordeste, apenas 37,3% dos rejeitos são encaminhados para aterros, de acordo com o estudo da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA).
No Brasil, 33 milhões de toneladas de lixo ainda têm descarte irregular. O volume inclui resíduos não coletados ou enviados para os mais de 3 mil lixões do país, com impactos negativos para a saúde e o meio ambiente. Dados estão no Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023, da ABREMA.
O Brasil ainda está longe da universalização do manejo ambientalmente adequado dos resíduos sólidos produzidos pela população, conforme estabelecido pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos-PNRS. O país também não vai atingir a meta de erradicação dos lixões, determinada pela legislação para 2024. É o que atesta o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023, lançado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA).
De acordo com o estudo, aproximadamente 33,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos tiveram destinação inadequada em 2022. Esse montante representa quase 40% de todo o lixo gerado no país – o equivalente a 11.362 piscinas olímpicas de lixo compactado ou 233 estádios do Maracanã lotados – que vão parar em lixões a céu aberto, valas, terrenos baldios e córregos urbanos, ameaçando a saúde pública e o meio ambiente.
Segundo o estudo, desse total, 27,9 milhões de toneladas foram enviadas para os mais de 3 mil lixões que ainda existem no país, apesar da prática ser considerada ilegal. Outras 5,3 milhões de toneladas de lixo são incorretamente descartadas pela população que vive em áreas não atendidas por nenhum tipo de serviço de coleta. O número representa 7% de todo lixo produzido no país.
“As áreas ambientalmente mais adequadas para o recebimento dos resíduos sólidos produzidos pela sociedade são os aterros sanitários, que são obras de engenharia com sistemas de impermeabilização de base, coleta e aproveitamento ou queima de biogás, drenagem, tratamento de chorume, além de contar com monitoramento ambiental e geotécnico permanente”, informa o presidente da ABREMA, Pedro Maranhão. “Lixões, valas, vazadouros e áreas similares não possuem essa proteção ambiental e são uma ameaça a para a saúde pública e ao meio ambiente”, completa.
Fonte BNews