Os recentes ataques de figuras ligadas ao presidente Jair Bolsonaro à China, podem trazer grandes consequências econômicas ao país. A postura do Governo diante do surto de coronavírus também é questionada pela potência asiática. O jornal Huanqiu/Global Times, por exemplo, ironizou uma iniciativa do presidente da República: “Presidente brasileiro convoca jejum para se livrar do pecado”.
Estes entraves podem fazer com o que o Brasil, que tem como principal parceiro econômico a China, perca mercado na exportação de soja para os Estados Unidos. Além da crise diplomática, agravada pela acusação do deputado Eduardo Bolsonaro e do autointitulado filósofo, Olavo de Carvalho – guru de Bolsonaro – de que o próprio governo chinês que introduziu o vírus no país para provocar uma crise mundial e se beneficiar com a queda de preços das ações e commodities.
Em uma live transmitida neste domingo (5), Eduardo convidou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que endossou o discurso ideológico contra os chineses. O líder do MEC recordou que outros vírus supostamente surgiram no país e diz que tem estudado como as epidemias afetam a economia mundial.
O jornal Xin Jing Bao entrevistou uma chinesa que mora em São Paulo, que relatou a demora no Brasil em adotar as medidas restritivas. Esta seria a outra preocupação do país, que vê um risco na contaminação alimentar com a exportação, e por isso vai passar a comprar a soja norte-americana.
De acordo com o sistema Atlas of Economic Complexity, desenvolvido pela Universidade de Harvard, em 2017 o grão da soja foi o produto com maior volume de exportação do Brasil, correspondendo a 9,72% do número total. Foram US$ 25,6 bilhões em produto vendido para outros países, principalmente para a China.
O jornal Xin Jing Bao entrevistou uma chinesa que mora em São Paulo, que relatou a demora no Brasil em adotar as medidas restritivas. Esta seria a outra preocupação do país, que vê um risco na contaminação alimentar.
BNews