Em um comunicado denominado “Em defesa da democracia: ABI exige a prisão de todos os golpistas”, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) reivindicou a punição severa dos militares das Forças Armadas que têm relação com o plano de assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A nota da ABI revela, basicamente, que a tentativa de assassinato é uma ameaça ao Estado Democrático de Direito, por isso, a prisão daqueles que tem envolvimento com ela deve ser realizada. A nota ainda ressalta que todos devem ser punidos, seja qual for o cargo que tenham. O documento menciona as revelações que vieram a partir de mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, bem como vídeos vazados com declarações “inequívocas” de generais e almirantes que eram leais ao presidente do período, Jair Bolsonaro. A nota também afirma que o evento de 8 de janeiro de 2023 “foi apenas a parte visível de um projeto de se perpetuar no poder a qualquer custo”.
Além disso, o comunicado critica a postura do senador Flávio Bolsonaro, que declarou que não há crime se um plano de assassinato não chega a ser realizado. A nota ainda ressalta que, na realidade, é crime planejar assassinatos e golpes de Estado contra instituições republicanas.
“É neste contexto que a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entidade que teve marcante participação na resistência ao regime ditatorial surgido do golpe de 1964 contra o governo João Goulart, vem se somar às manifestações pelo fim da leniência com que vem sendo tratada essa facção criminosa das Forças Armadas, de seus financiadores e apoiadores na sociedade civil. As punições já aplicadas aos que participaram dos atos de vandalismo no 8 de janeiro têm que ser estendidas aos verdadeiros mandantes desses atos. Diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a Nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou cargo. Sem anistia para golpistas! Democracia sempre!”, conclui o comunicado assinado por Octávio Costa, presidente da ABI.
Fonte Metro1