Faltam 21 dias para cerimônia de canonização de Irmã Dulce. Essa proximidade fez aumentar o número de pessoas que querem ver de perto o trabalho que ela deixou.
“A gente que é católico, com uma santa da nossa Bahia, então o nosso coração fica fervoroso”, disse o representante comercial Gilvan Araújo, durante visita ao local.
As Obras Sociais Irmã Dulce formam o maior complexo hospitalar filantrópico da Bahia. São 12 mil cirurgias e mais de 2 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano, tudo pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O pescador Melquíades do Val saiu de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, para se tratar de uma infecção no hospital mantido pela Osid. “Banho na hora certa, curativo certo. E não deixam os pacientes passar mal de jeito nenhum”, relatou.
Há 70 anos, Irmã Dulce começou a receber doentes no antigo convento Santo Antônio, na capital baiana. As obras cresceram com doações de empresários, políticos e da comunidade. Ela também conseguiu o apoio de muitos voluntários. Hoje, 300 pessoas doam parte do seu tempo às obras.
Os voluntários ajudam as Obras Sociais Irmã Dulce em todas as áreas, incluindo a de acolhimento a idosos que não têm família e nem onde morar. Outros foram abandonados pelos parentes. Hoje, 70 velhinhos moram no local e são sustentados pela instituição.
A mulher do vice-presidente Hamilton Mourão visitou as instalações das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), e também o túmulo da freira, neste sábado (21). Paula Mourão, que estará com o marido na cerimônia de canonização da beata, em outubro, no Vaticano, se emocionou.
“Estejam certos de que levarei comigo o testemunho do trabalho de vocês e que vocês desenvolvem aqui, dando seguimento ao nome e ao amor de Irmã Dulce”, disse.