O adolescente de 14 anos, que matou uma colega cadeirante a tiros e golpes de faca na manhã de segunda-feira (26), em Barreiras, no oeste baiano, tinha a intenção de matar mais pessoas durante ataque no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna. Só não o fez porque a sua arma calibre 38 carregada com seis balas falhou duas vezes. A informação é do delegado Rivaldo Almeida Luz.
Em depoimento à polícia, o pai do menor, um policial militar, afirmou que a arma pertencia a ele, mas que o revólver era mantido escondido para que o jovem não tivesse acesso. O armamento estava debaixo de um colchão. A família do jovem o teria descrito como uma pessoa introspectiva, sem amigos e que passava muito tempo nas redes sociais. Os pais não tinham controle sobre o que ele acessava na internet. Mais de 20 pessoas já foram ouvidas durante as investigações.
O menor havia anunciado o ataque quatro horas antes do crime em uma sequência de publicações feitas em um perfil falso no Twitter. Por volta das 7h20, ele entrou na unidade de ensino pelo portão principal já com o revólver em punho. Ao avistar um guarda, ele fez um disparo, mas o trabalhador saiu ileso do ataque. Após a arma falhar, os alunos que estavam na quadra de esporte fugiram em direção à rua e aos fundos do espaço.
Geane Brito da Silva, de 19 anos, por ter dificuldade de locomoção, não conseguiu fugir como os demais colegas. Ela foi baleada e esfaqueada. O corpo será sepultado na tarde desta terça-feira (27), na comunidade Cantinho do Senhor dos Aflitos, em Barreiras. A vítima faria 20 anos no próximo mês e estava no último ano do ensino fundamental.
O jovem, que era natural do Distrito Federal, havia se mudado para Barreiras neste ano. Ela não estaria satisfeito com a mudança de vida e deixou isso claro nas redes sociais ao publicar discursos de ódio contra à população de Barreiras e Região Nordeste.
Fonte BNews