A hegemonia em nível estadual vai estar à prova neste domingo (21), na decisão do Campeonato Baiano. A partir das 16h, Bahia e Bahia de Feira se encaram na Fonte Nova em busca de ampliar o status na rivalidade do torneio. No primeiro jogo, em Feira de Santana, empate em 1×1. Quem vencer levanta a taça, enquanto que uma nova igualdade leva a decisão para os para os pênaltis.
Em níveis diferentes, claro, o título do Baianão de 2019 vai representar algo significativo para os dois times. Maior vencedor da história do torneio, o Bahia busca o 48º caneco e, também, aumentar a distância para o rival Vitória no cenário local.
Caso conquiste o troféu nesta temporada, o tricolor vai abrir diferença de 19 títulos baianos para o Leão, a maior desde 2015, quando também conseguiu a mesma diferença. Curiosamente, 19 taças é também a diferença entre o Vitória e o Ypiranga, terceiro maior vencedor do torneio, com 10.
Até 1947, o Ypiranga ostentava a alcunha de maior vencedor do Campeonato Baiano, na época com nove títulos. Fundado em 1931, o Bahia assumiu a hegemonia no ano seguinte e, desde então, pouco foi ameaçado no topo.
Vale lembrar que, até o início da década de 1950, o Vitória ainda não havia entrado na era profissional e a rivalidade com o Bahia não era como a conhecida nos dias atuais.
Por causa do amadorismo e de problemas políticos que fizeram o time não disputar 11 edições do torneio, o Leão só venceu dois títulos entre 1905 (ano de início do estadual) e 1952. A distância entre os dois clubes no último desses anos era de 11 conquistas.
Já profissional, o Vitória voltou a levantar o Baianão em 1953, reduzindo para dez títulos a diferença para o tricolor. Foi a menor distância entre os clubes na era profissional desde que o Bahia assumiu a liderança no ranking.
Em 1989, o rubro-negro assumiu o posto de segundo maior vencedor e entrou, de fato, na disputa com o Bahia. Curiosamente, a maior distância entre os dois foi registrada nesse período: 27 títulos a favor do Bahia em 1988. A marca se repetiria após a conquista de 1994, marcada pelo gol de Raudinei.
Terceira força
Já no caso do Bahia de Feira, a hegemonia buscada é mais modesta, mas nem por isso menos representativa.
Em sua segunda decisão de Campeonato Baiano, o Tremendão tem a chance de conquistar o bicampeonato e se igualar ao Fluminense como o time do interior que mais vezes venceu a competição estadual.
O Touro levantou o troféu nas edições de 1963 e 1969. Além disso, o Fluminense possui outros seis vice-campeonatos (1956, 1968, 1971, 1990, 1991 e 2002), sendo por algum tempo considerado a terceira força do estado.
No caso do Bahia de Feira, o histórico de glórias é recente. Apesar de ter sido fundado em 1937, o clube não jogava a primeira divisão estadual desde 1987 e passou um período desativado até voltar à elite em 2010 e não sair mais. Em 2011, o time alcançou a maior conquista: campeão baiano, derrotando na final o Vitória por 2×1, no Barradão.
Além de Bahia de Feira e Fluminense, só o Colo Colo está na galeria dos times do interior que conquistaram o Baiano em seu formato regular. Em 2002, o Palmeiras Nordeste foi campeão de um Campeonato Baiano com caráter de preliminar, pois não teve a participação da dupla Ba-Vi nem do Fluminense. No chamado Supercampeonato Baiano, já com o trio, o Leão ficou com a taça.
Ficha técnica:
Estádio: Arena Fonte Nova, em Salvador
Horário: 16h
Bahia: Anderson, Nino Paraíba, Ernando, Lucas Fonseca e Moisés; Gregore, Douglas Augusto, Ramires e Artur; Arthur Caíke e Fernandão. Técnico: Roger Machado.
Bahia de Feira: Jair, Van, Paulo Paraíba, Vitor e Alex Cazumba; Capone, Edimar e Bruninho; Vitinho, Jarbas e Deon. Técnico: Barbosinha
Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira (FIFA/SP), auxiliado por Paulo de Tarso Bregalda (BA) e José Carlos Oliveira dos Santos (BA).