Setor segue em crescimento e tem demandado cada vez mais profissionais capacitados
Mais de 146 mil profissionais estão registrados no Sistema Confea/Crea que atuam como agrônomos. Em 2020, havia 109 mil engenheiros agrônomos formados no Brasil, sendo 88.594 homens e 20.348 mulheres. As informações são do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Na Bahia, os dados mais recentes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-BA) indicam que existem 6.406 engenheiros agrônomos do sexo masculino e 2.111 do sexo feminino registrados, o que reflete a presença significativa da categoria no estado.
O setor, como apontado pelo Crea, segue em crescimento, especialmente no contexto do aquecimento do agronegócio, que tem demandado cada vez mais profissionais capacitados.
Segundo José Fernandes, conselheiro do Crea-BA e engenheiro agrônomo, a Bahia tem uma importância histórica na agronomia brasileira. “O marco inicial da ciência agronômica no Brasil ocorreu em 1859, quando Dom Pedro II criou os institutos imperiais de agricultura. O Instituto Imperial de Agricultura da Bahia foi o primeiro a funcionar, e, em 1875, criou o primeiro curso superior de agronomia do Brasil e da América Latina, que opera até hoje na cidade de Cruz das Almas”, explicou Fernandes, reforçando a relevância da formação de engenheiros agrônomos no estado desde o século XIX.
O mercado de trabalho para esses profissionais segue promissor, com oportunidades ampliadas em diversas áreas ligadas ao agronegócio. Moisés Pedreira, presidente da Agrolem e também conselheiro do Crea-BA, destacou a crescente demanda por engenheiros agrônomos no setor produtivo baiano. “O agronegócio é um dos motores da economia do estado, e os engenheiros agrônomos desempenham um papel fundamental na modernização das técnicas agrícolas, na sustentabilidade das plantações e na melhoria da qualidade dos produtos. A tendência é que o mercado continue em expansão nos próximos anos, trazendo novas oportunidades”, afirma Pedreira.
As perspectivas para a agronomia na Bahia são promissoras, mas exigem uma visão de longo prazo que considere a sustentabilidade ambiental e a inovação tecnológica. O futuro do agronegócio no estado dependerá cada vez mais de engenheiros agrônomos capacitados para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e para promover práticas agrícolas que conciliem produtividade e conservação dos recursos naturais. Além disso, o papel da extensão rural será importante para difundir o conhecimento técnico e apoiar o desenvolvimento de uma agricultura inclusiva e sustentável.
Fonte: Camila Fiuza