No cenário nacional, na mesma base de comparação, os negócios se mantiveram estáveis (0,1%).
O comércio varejista na Bahia teve um aumento de 0,9% nas vendas em abril de 2023 em relação ao mês anterior, enquanto no cenário nacional houve estabilidade. Comparado ao mesmo mês do ano anterior, as vendas cresceram 4,2% na Bahia e 0,5% no Brasil.
No acumulado do ano, as taxas foram positivas tanto no estado (3,8%) quanto no país (1,9%). O aumento nas vendas em abril foi impulsionado pelo efeito base, aumento da massa salarial e desaceleração dos preços em algumas atividades. No entanto, o cenário econômico ainda é incerto devido às altas taxas de juros, incerteza persistente, alto nível de endividamento e inadimplência no mercado.
O economista Guidi Nunes destaca que possivelmente o comércio pode cair um pouco ao longo do ano, mas o turismo ainda é algo muito forte para manter o crescimento do estado em alta.
“A Bahia vai conseguir manter essa performance do comércio, a princípio, diminui um pouco. Se for levando em conta só essa questão da influência do setor agrícola no Paraná e na Bahia e do setor de turismo na Bahia. Agora ao longo do ano, espero que se não diminua tanto essas esse ritmo de crescimento do comércio ele consiga se manter pelo menos em parte, porque o as políticas sociais do governo, ajuste no imposto de renda retido na fonte, pagamento dos segurados da previdência, essa questão mesmo pequena é um pouco de estímulo para aumentar o comércio de carro, então está tendo algumas políticas públicas a nível nacional para manter um pouco esse ritmo do comércio”, destacou.
Em abril deste ano, o comércio varejista na Bahia apresentou crescimento nas vendas em cinco dos oito segmentos analisados em comparação com abril de 2022.
Os segmentos que registraram aumento nas vendas foram combustíveis e lubrificantes, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, artigos farmacêuticos, hipermercados, supermercados, móveis e eletrodomésticos. No entanto, os segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria, tecidos, vestuário e calçados, e outros artigos de uso pessoal e doméstico tiveram desempenho negativo.
No geral, os hipermercados, supermercados e produtos alimentícios tiveram uma influência positiva significativa nas vendas do setor, devido aos preços mais baixos e aos produtos essenciais. Por outro lado, o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico foi influenciado negativamente pela diminuição da renda do consumidor. O segmento de tecidos, vestuário e calçados também teve impacto negativo devido ao aumento dos preços nessa área.
Fonte: Brasil 61