A Polícia Federal (PF) ouviu na manhã desta terça-feira (11) depoimento do deputado Benito Gama (BA), vice-presidente nacional do PTB e um dos alvos da Operação Ross, informou a defesa do parlamentar baiano.
A Operação Ross, deflagrada nesta terça pela Polícia Federal, mira suspeitas de compra de apoio político à campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB), em 2014, por meio de pagamentos do grupo J&F a partidos, entre os quais o PTB.
Além de Benito Gama, também são alvos da operação o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a irmã dele, Andréa Neves, os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) e a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ).
Segundo a PF, Aécio comprou apoio político do Solidariedade por R$ 15 milhões, e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.
As investigações apontaram que outros R$ 20 milhões foram repassados ao PTB “mediante intermediação dos deputados federais Cristiane Brasil e Benedito da Gama [Benito Gama]”.
O advogado Luiz Gustavo de Pereira da Cunha, responsável pela defesa do deputado baiano, informou à TV Globo que o depoimento de Benito Gama à PF ocorreu no apartamento funcional do parlamentar, na Asa Norte, zona nobre de Brasília.
Cunha também está à frente da defesa de Cristiane Brasil. Ele disse que a deputada fluminense – filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson – não foi intimada a depor.
Ainda de acordo com a defesa, Benito afirmou aos policiais que se encontrou com o empresário Joesley Batista, em São Paulo, e, na ocasião, foi informado de que o PTB receberia doações oficiais “dentro da legalidade”.