O presidente Jair Bolsonaro permanece com sonda nasogástrica e com alimentação exclusivamente por via endovenosa, no quarto dia de recuperação após ter passado por uma cirurgia para correção de hérnia, o que pode prorrogar o período de afastamento dele do exercício do cargo, informaram médicos e o porta-voz da Presidência nesta quinta-feira.
“Se nós identificarmos, a partir das análises da equipe médica, algum inconveniente para que o senhor presidente da República exerça o seu cargo com efetividade, eficiência e eficácia, nós vamos entender, naturalmente, que pode haver uma postergação”, disse a jornalistas o porta-voz Otávio Rêgo Barros em entrevista no hospital em São Paulo, acrescentando que, por ora, não há planejamento nesse sentido.
A previsão inicial é de que Bolsonaro retome o exercício do cargo na sexta-feira, após um período de cinco dias de interinidade do vice-presidente Hamilton Mourão, que se encerra nesta quinta.
Bolsonaro teve a alimentação oral suspensa e foi submetido à passagem de uma sonda nasogástrica após lentificação dos movimentos intestinais e distensão abdominal, de acordo com boletim médico divulgado pelos médicos na quarta-feira.
Novo boletim divulgado nesta quinta informou que o presidente permanece com a sonda e com alimentação parenteral (endovenosa), apesar de apresentar evolução clínica favorável, sem dor, afebril e com recuperação progressiva dos movimentos intestinais.
De acordo com o cirurgião-chefe Antônio Macedo, que também participou da entrevista no hospital Vila Nova Star, a sonda deve ser retirada ainda nesta quinta-feira ou na manhã de sexta-feira.
O porta-voz da Presidência também afirmou que segue mantida a previsão de viagem de Bolsonaro a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU em 24 de setembro.
A cirurgia de domingo foi a quarta que Bolsonaro precisou ser submetido na região abdominal em função de uma facada que levou em setembro de 2018, durante evento da campanha eleitoral na cidade mineira de Juiz de Fora.