Quadro é consequência das sequelas da facada sofrida em 2018; procedimento será realizado neste domingo (13)
O ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido neste domingo (13) a uma cirurgia considerada extensa para tratar uma obstrução intestinal. O procedimento será realizado no hospital DFStar, em Brasília, após o ex-mandatário ter sido transferido de Natal, onde passou mal durante um compromisso político na sexta-feira (12).
Segundo o médico Leandro Echenique, que integra a equipe responsável, trata-se de uma cirurgia aberta para correção da obstrução das alças intestinais. Será retirada e recolocada uma tela abdominal instalada anteriormente. “É um abdome que já foi muito manipulado desde 2018, após a facada. É uma cirurgia bem extensa”, explicou o médico. Apesar da gravidade, o quadro de Bolsonaro é estável. Ele sente menos dores, mas a obstrução intestinal permanece.
Ainda no sábado, ao chegar ao hospital na capital federal, Bolsonaro acenou para apoiadores que rezavam por sua recuperação. Segundo relatos do senador Rogério Marinho, ele estava bem-humorado e chegou a perguntar sobre o resultado do jogo entre Palmeiras e Corinthians.
O problema intestinal é consequência das múltiplas cirurgias que o ex-presidente realizou após o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. Desde então, ele tem sido acompanhado de perto por médicos, especialmente por Antonio Luiz Macedo, especialista que tradicionalmente cuida de seu caso. No entanto, por decisão de Michelle Bolsonaro, a cirurgia será feita em Brasília, sob os cuidados do médico Claudio Birolini, especialista em parede abdominal, o que gerou divergências entre aliados, que preferiam a transferência para São Paulo.
O susto começou ainda na manhã de sexta-feira, durante um ato no Rio Grande do Norte. Bolsonaro passou a sentir fortes dores abdominais e foi atendido inicialmente em Santa Cruz, a 115 km de Natal. Ele apresentava sinais de distensão abdominal, desidratação e dor intensa. Os médicos identificaram indícios de uma nova obstrução intestinal, quadro que já havia se repetido nos anos de 2021 e 2023, quando também precisou ser internado.
A obstrução intestinal ocorre quando há um bloqueio parcial ou completo no intestino, impedindo a passagem de fezes e o funcionamento adequado do sistema digestivo. Entre as causas mais comuns estão aderências formadas por cicatrizes de cirurgias anteriores, hérnias, tumores e torções intestinais. Quando o bloqueio é completo, a cirurgia se torna a única saída. Em casos mais leves, o tratamento pode incluir jejum, hidratação intravenosa e uso de sondas para aliviar a pressão.
Agora, Bolsonaro enfrentará mais uma etapa delicada em seu histórico médico. A expectativa é que o procedimento ajude a restaurar o trânsito intestinal e amenizar as dores e desconfortos que o têm acompanhado desde o atentado.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações do G1