A Seleção Brasileira estreia na Copa América contra a Costa Rica (24 de junho) e depois enfrenta o Paraguai (28 de junho) e a Colômbia (02 de julho) pela primeira fase do torneio disputado nos Estados Unidos. O Uruguai pode aparecer no caminho da equipe verde e amarela nas quartas de final e semifinal. Brasil e Argentina só se enfrentam em uma eventual final.
Com o time titular indefinido e pouco entrosado em campo, a equipe comandada por Dorival Júnior não vem de amistosos convincentes nos dois jogos preparatórios para o torneio. O Brasil venceu o México por 3 a 2, no último lance dos acréscimos, após passar a maior parte do jogo vencendo por 2 a 0, e empatou com os Estados Unidos por 1 a 1 no jogo seguinte, sem nenhum brilho e com muito sufoco.
O técnico e os jogadores reconhecem que o time ainda precisa melhorar na parte ofensiva, na função defensiva, na movimentação, na troca de passes e na recomposição; ou seja, em praticamente todos os quesitos exigidos para mostrar um bom futebol que possa garantir bons resultados e o avanço no torneio.
Movimentação do Brasil em campo
O setor defensivo da Seleção Brasileira tem sofrido muitos gols e esse fato tem gerado preocupações. Nos quatro jogos sob o comando de Dorival Júnior, o Brasil foi vazado seis vezes, tendo recebido três gols da Espanha (apesar dos dois em pênaltis muito duvidosos), outros dois de bobeadas quando vencia o México por 2 a 0 e chegou a sofrer o empate, e um dos Estados Unidos, que só não ampliou o placar e venceu a partida com facilidade por conta do travessão amigo e de duas defesas complicadíssimas feitas pelo goleiro Alisson. A equipe só não foi vazada pela Inglaterra, em amistoso disputado em março.
No ataque, a equipe verde e amarela também tem se mostrado bastante irregular, alternando bons e maus momentos ofensivos, com muitos chutes em série e pouca efetividade. As dificuldades vistas se devem muito à questão de posicionamento, com os jogadores revelando que ainda estão assimilando o que fazer na frente da área e na marcação.
Há também dificuldades para propor o jogo quando o adversário se fecha mais, que é o quer deve predominar na Copa América, com times tradicionalmente mais retrancados.
Um elemento complicador para o estilo da Seleção Brasileira, que tem como característica jogadores dribladores, com bom toque de bola e velozes, são as dimensões menores dos campos na Copa América.
Com 5m a menos de comprimento e 4m a menos de largura, os espaços ficam reduzidos para os lados e deixam os jogadores mais apertados, o que faz com que a pressão ofensiva e a defensiva passem a ser ainda mais decisivas, pois se o time adversário fica mais perto do gol em contra-ataque, a defesa precisa percorrer menos espaço na recomposição.
Para fazer previsões e simulações da possível trajetória da Seleção Brasileira nesta Copa América é preciso analisar a fórmula em disputa, em que os dois primeiros colocados de cada chave avançam para as Quartas de Final.
Os líderes do Grupo C (Bolívia, Estados Unidos, Panamá e Uruguai) encaram quem passar do Grupo D (Brasil, Colômbia, Costa Rica e Paraguai), e essa chave se encontra na Semifinal. Em caso de chegada à Final, oito seleções podem estar no caminho da taça: Argentina, Canadá, Chile e Peru (Grupo A) ou Equador, Jamaica, México e Venezuela (Grupo B).
Fonte Ibahia