O mercado de aviação brasileiro acaba de abrir as portas para as empresas que operam com baixos custos e, consequentemente, vendem passagens aéreas baratas. Algumas dessas companhias já estão operando em solo nacional.
Essa nova modalidade, já popular em muitos países, representa uma novidade para o consumidor no Brasil. As empresas de modelo low cost nunca encontraram no Brasil um terreno fértil para seu negócio. Dentre as principais causas que inviabilizaram esse modelo, estavam a questão tributária e também a trabalhista. No entanto, o cenário começou a tomar nova forma em meados de 2017, com a Resolução n°400, que desregulamenta a franquia de bagagens e, automaticamente, já dá um tom mais convidativo ao país para empresas que operam a baixo custo, pois o excesso de bagagem pode se tornar um ativo da companhia.
O modelo low cost drena diversos benefícios oferecidos pelas empresas mais tradicionais do setor, assim o novo consumidor deve checar o regulamento para não ser surpreendido depois. Alguns serviços podem ser flexibilizados, como a escolha de assento, a mudança de voo e o despacho da bagagem.
Em julho de 2018, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) liberou companhias de aviação low cost estrangeiras a operar voos internacionais no Brasil e já autorizou quatro empresas, que descrevemos abaixo.
Sky Airline
A companhia chilena foi a primeira a ser autorizada a operar em solo brasileiro. Tendo iniciado seus trabalhos com um voo da capital chilena, Santiago, para o Rio de Janeiro, também voa para Florianópolis e em breve deve chegar a São Paulo. A passagem parte de R$ 39.
Avianca Argentina
A empresa argentina já opera em solo nacional desde 2018. Com a ambição de chegar a 29 destinos, já executa voos de Buenos Aires para São Paulo e vice-versa, além de promover conexão da capital argentina para outras cinco cidades — entre elas, Rosário e Mar del Plata, visando Montevideo e Punta del Este como próximas opções. As passagens mais baratas estão próximas de R$ 59.
Flybondi
Considerada ultra low cost por exigir bagagem máxima de seis quilos, compra de ida e volta, além de permanência máxima de 30 dias no destino, é mais uma empresa argentina que já pode operar no Brasil. É baseada no aeroporto militar de El Palomar na capital argentina e já dispõe de voos para Punta del Este (URU) e Assunção (PAR). Busca alcançar um total de 99 rotas, sendo 25 destinos no Brasil. A passagem de Buenos Aires para Assunção custa R$ 59.
Norwegian Air
A operadora norueguesa é uma gigante internacional, sendo a segunda maior da Escandinávia, e já conta com um cardápio de 130 destinos. Com autorização concedida pela ANAC, deve ter seu primeiro voo partindo do Rio de Janeiro até a cidade de Londres, na Inglaterra. Se estima que o custo inicial será de R$ 1,2 mil por pessoa e por trecho.