Técnico do Vitória elogia campanha no Baianão e se mostra otimista para a temporada, apesar do vice-campeonato
O Vitória lutou até o fim, mas o empate em 1 a 1 com o Bahia, no Barradão, garantiu o título estadual para o Tricolor. Apesar do vice-campeonato, o técnico Thiago Carpini fez uma avaliação positiva da campanha do Leão, destacando a superação do meia Matheusinho e minimizando a confusão generalizada que marcou o final da partida.
“Não conseguimos o objetivo maior, que era o título, mas muita coisa positiva no trabalho. Enfrentamos uma equipe de nível de Libertadores, tem muito saldo positivo nisso. Claro que fica a chateação, queríamos fechar essa campanha com o título. Uma campanha muito boa, apenas uma derrota. Essa derrota culminou no título do adversário, que construiu no jogo de ida, quando as coisas não aconteceram. Aqui a gente voltou a ser o Vitória”, analisou Carpini.
O técnico elogiou a entrega do time, que pressionou o Bahia durante toda a partida, mas não conseguiu reverter a vantagem construída pelo rival no primeiro jogo. “Infelizmente foi nos detalhes, tivemos bola na trave, finalização do Baralhas dentro da área quando estava 1 a 0, dois ou três contra-ataques que pediam escolhas melhores. Boas defesas do goleiro, principalmente na cabeçada de Janderson bem no chão. Se esse gol tivesse saído um pouquinho antes, a gente teria conseguido, com o apoio do torcedor, um placar que pelo menos levasse para os pênaltis. Sabíamos que a dificuldade era grande, mas estávamos muito confiantes”, completou.
Carpini também explicou a escalação de Matheusinho, que voltou a ser titular após seis jogos, mesmo sem estar 100% fisicamente. “Matheusinho jogou porque é o Matheusinho. Quer muito jogar, muito ajudar. Eu tentei encontrar uma maneira de preservar ele um pouco. Ele ainda está machucado, tem a lesão. Ele não teve transição, saiu do DM para o jogo. Ele está machucado e se colocou à disposição para ajudar. Corremos esse risco juntos, eu, ele e o departamento médico. Para ter um cara com qualidade que pudesse ajudar. Mesmo com problemas físicos, tentei encontrar uma maneira de aproveitar ele. Ele não reunia condições físicas para ajudar hoje. Ele só treinou um dia com o grupo e jogou hoje. Então, enaltecer o trabalho desse atleta é que é muito importante para nós”, afirmou.
Sobre a confusão generalizada que resultou em quatro expulsões, Carpini minimizou o ocorrido, atribuindo o desentendimento à rivalidade do clássico. “A confusão, como eu falei, os nervos à flor da pele. A gente entra para o ‘deixa disso’, para tentar separar. Ali não tinha como. Na primeira [confusão] acho que a gente entrou um pouco na pilha do jogo, mas não interferiu no resultado. Tivemos mais de 90 minutos para buscar o resultado. Naquele momento, a confusão favoreceu mais o adversário porque a gente estava melhor na partida. Depois outra confusão, já depois do gol, teve o gesto ali do goleiro. Coisas da provocação, da rivalidade. Tem que tentar entender que a rivalidade fica dentro de campo. Acabou e cada um segue seus caminhos na temporada”, finalizou.
Apesar do vice-campeonato, Carpini se mostrou otimista para a sequência da temporada, destacando o bom desempenho do time no Baianão e a evolução da equipe. O Vitória volta a campo na próxima quarta-feira (26), pela Copa do Nordeste, e se prepara para a estreia na Série A do Campeonato Brasileiro.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações do GE