O número de alunos matriculados em escolas de tempo integral no Brasil cresceu significativamente: passou de 18,2% em 2022 para 22,9% em 2024. Já a educação profissional e tecnológica (EPT) teve um salto ainda mais expressivo, com crescimento 2,4 vezes maior que o registrado em 2023.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Inep, durante coletiva em Brasília.
🎙 Durante a apresentação, o ministro Camilo Santana destacou o foco da atual gestão na educação básica, que engloba desde a educação infantil até o ensino médio, passando por modalidades como EJA, educação especial e educação profissional.
“Nunca o MEC teve um olhar tão forte para a educação básica como agora. Antes o foco estava muito mais na educação superior. Agora estamos trabalhando para fortalecer as bases, com apoio dos estados e municípios”, afirmou o ministro.
📊 Queda leve no total de matrículas Apesar dos avanços em algumas áreas, o total de matrículas na educação básica apresentou uma leve queda de 0,4% em relação a 2023 — o equivalente a 216 mil alunos a menos, chegando a 47,1 milhões de estudantes em todo o país, distribuídos por 179,3 mil escolas.
A rede pública foi a que mais sentiu a redução: perdeu mais de 380 mil matrículas de um ano para o outro.
🏫 Desigualdade na estrutura escolar Metade dos estudantes da educação básica está nas redes municipais, que enfrentam desafios estruturais:
- 31,7% dos municípios têm até 5 escolas
- 52,7% têm no máximo 10 escolas
- Apenas 2,1% das cidades contam com mais de 100 escolas
🔗 Para o diretor de estatísticas educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno, o caminho para o avanço passa por cooperação:
“Os municípios são o elo mais frágil dessa corrente. É fundamental o apoio dos estados e do governo federal para garantir condições adequadas de ensino.”
📌 O Censo Escolar é a principal ferramenta de diagnóstico da educação básica no Brasil e base para indicadores como o Ideb, que mede a qualidade do ensino no país.
Redação