Elevação da taxa básica de juros para 14,25% é considerada desnecessária e prejudicial para a economia
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou preocupação com o aumento da taxa básica de juros (Selic), anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Segundo a entidade, a elevação de um ponto percentual, que levou a Selic a 14,25% – o maior patamar desde 2016 – não é necessária para controlar a inflação e compromete o ritmo de crescimento da economia brasileira.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirma que o atual nível da Selic, que implica uma taxa de juros real de 8,5% ao ano, já tem causado um impacto significativo na economia, com uma desaceleração mais acentuada do que a prevista. Para a entidade, essa desaceleração já seria suficiente para controlar a inflação, que, segundo a pesquisa Focus do Banco Central, apresenta tendência de queda para os próximos 12 meses.
A CNI alerta que o aumento dos juros torna o crédito mais caro para empresas e consumidores, inviabilizando investimentos, dificultando o acesso a capital de giro e, consequentemente, prejudicando o crescimento das empresas e a geração de empregos. A desaceleração da atividade econômica, que já se intensificou no último trimestre de 2024, com queda no consumo das famílias, deve ser potencializada pelo menor ritmo de expansão da política fiscal e pela desaceleração do mercado de trabalho em 2025.
Os primeiros dados de 2025, segundo a CNI, não são animadores. A produção industrial, o volume de serviços e as vendas do comércio varejista restrito apresentaram estagnação ou queda no início do ano, evidenciando a forte desaceleração em curso na economia brasileira.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações da agência Brasil 61