Inaugurado em 1976, o Centro de Abastecimento teve os seus 42 anos de atividades ininterruptas passados a limpo, numa concorrida audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira, 7, na Câmara Municipal. O retrato em preto e branco de um dos mais importantes entrepostos comerciais do país foi revelado pelos principais atores: seus feirantes e permissionários.
Na radiografia exposta, a omissão do Governo do Estado em se negar a promover o policiamento ostensivo no condomínio comercial, um local onde mais circula dinheiro vivo na cidade, deixando o espaço vulnerável a ação de criminosos de todo matiz, é um dos percalços que incidem diretamente no afastamento dos consumidores, e, consequentemente, na retração dos negócios.
No que pese as sucessivas intervenções promovidas pela Prefeitura Municipal na infraestrutura do Centro de Abastecimento, ao longo de quatro décadas, é unânime o clamor dos permissionários por medidas que dialoguem com a modernidade dos novos tempos.
Uma das iniciativas apontadas se refere à criação de uma área destinada ao comércio de atacado, desmembrada do comércio varejista. O acesso indiscriminado de caminhões carregados de hortifrutigranjeiros de outros estados, é outro fator visto pelos permissionários da ceasa como concorrência desleal.
Regimento Interno
Acatando manifestação unanime dos comerciantes, ali representados por um sindicato e uma associação de classe, cujos membros puderam se expressar democraticamente, durante a sessão extraordinária, o secretário do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior admitiu a criação de um regimento interno para o Centro de Abastecimento.
O documento, que terá como baliza regras disciplinar, também será agregado de normas e decretos, formulados com a anuência das partes envolvidas, com vistas a promover as melhorias necessárias ao funcionamento do Centro de Abastecimento.
Autor da convocação da audiência pública, o vereador Roberto Tourinho, que presidiu a sessão, recebeu dos permissionários um documento contendo uma série de reivindicações que serão repassadas ao prefeito Colbert Martins pelo edil, em uma nova audiência, no Paço Municipal Maria Quitéria.
Fonte: Secom Feira de Santana