No topo do ranking de violência no Brasil, a Bahia ocupou o noticiário do mês com dois casos emblemáticos que ilustram a crise de segurança pública que alavancou o estado ao posto de mais violento do país.
A morte de Mãe Bernadete, líder comunitária e Ialorixá assassinada dentro do quilombo Pitanga dos Palmares;
E a chacina que deixou 9 mortos em casas vizinhas na Mata de São João, Região Metropolitana de Salvador.
De acordo com o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2022, as quatro cidades mais violentas do país estão em território baiano. Itana Alencar, repórter do g1 em Salvador, afirma que parte da questão envolve a predominância de facções de drogas e armas na Bahia.
Porta de entrada para o Nordeste, a Bahia faz fronteira com as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, tornando-se um chamariz para o crime organizado.
Eduardo Ribeiro, coordenador da Rede de Observatórios da Segurança Pública na Bahia, explica como o aumento da violência na região está relacionado a mudança no mercado de cocaína nos últimos anos.
Porta de entrada para o Nordeste, a Bahia faz fronteira com as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, tornando-se um chamariz para o crime organizado.
Também em participação no episódio, Eduardo Ribeiro, coordenador da Rede de Observatórios da Segurança Pública na Bahia, explica como o aumento da violência na região está relacionado a mudança no mercado de cocaína nos últimos anos.
Pela primeira vez, a Polícia Militar da Bahia ultrapassou a do Rio de Janeiro como a mais letal do país.
“As polícias participam em média de 35% dos eventos de tiroteio nesses municípios. Então o Estado tem produzido eventos que colocam as pessoas na linha de tiro”, diz Eduardo.
O coordenador também traça um perfil das mortes no estado, governado há mais de 16 anos pelo PT, com lideranças conhecidas pelas críticas à letalidade policial: homens, negros e jovens.
“Do ponto de vista da segurança pública, a esquerda não apresentou nenhuma proposta alternativa às dos militares para a segurança pública. Essa crise de modelo também tem a ver com militarismo no centro da segurança pública nos estados”, destaca.
Fonte g1