Feira de Santana confirmou 167 casos de dengue de janeiro a setembro deste ano. Desses 42 foram no distrito de Humildes, 25% do total registrado em todo o município. Visando combater esse índice, a equipe da Vigilância Epidemiológica esteve realizando uma ação contra o Aedes Aegypti nesta quarta-feira, 03, no povoado de Fulô, área com maior incidência da doença no Distrito.
O trabalho consistiu na procura de focos, o tratamento com larvicida e borrifação feita pelos agentes de endemias. Os profissionais passaram casa a casa, principalmente a de pessoas com sintomas associados a doença.
Noélia foi orientada sobre como evitar focos de reprodução do mosquito
Uma das primeiras residências foi a casa de Noélia Santos, 54 anos. A neta de Noélia, que possui cinco anos de idade, desenvolveu sintomas da dengue. Durante a visita, focos do Aedes Aegypti foram encontrados em dois reservatórios de água. “Para que os ovos não eclodam é necessário lavar com bucha e cloro. Além disso, é importante deixar os reservatórios cobertos, para evitar que sirvam de alojamentos”, informa a bióloga Juliana Andrade.
Ainda na visita a residência, a enfermeira referência em arboviroses, Neuza Santos, que esteve acompanhando a ação, mostrou a Noélia outros objetos espalhados pelo quintal que apresentam riscos. “Esse vaso, se cair água, pode se tornar um criadouro”, orienta.
Grata pelas dicas, Noélia diz que irá colocar em prática todas as orientações. “Amanhã mesmo vou lavar o tanque”.
Com sintomas de dengue, Gilsara foi orientada a ir na policlínica
No local os profissionais estiveram conversando também com Gilsara Carvalho (foto), 38 anos, outra pessoa com suspeita de dengue. “Com cinco dias começaram as manchinhas no corpo, fiz exame na Policlínica, aí depois iniciou uma coceira. Outras pessoas tiveram essa coceira exagerada”, relata.
De acordo com Neuza, o caso de Gilsara pode ser dengue associado com zika, no entanto ela ressalta só poder confirmar após resultado laboratorial. “Todos que possuírem sintomas característicos devem procurar a Policlínica ou Unidade de Saúde para que seja feita a notificação e investigação da doença”, informa.
Os profissionais temem o aumento de casos, devido a proximidade do verão, por isto além de orientar a comunidade a ação tem como objetivo atualizar os agentes. “Nós estamos colocando em prática uma Atualização sobre controle químico, onde eles já tiveram acesso a parte teórica”, ressalta a bióloga, Juliana Andrade, que também informa a continuidade da atividade nesta sexta-feira, 5, no Distrito de Olhos D’Agua.