O número de mortos no conflito entre Israel e o Hamas já é o mais mortal em Gaza em toda a história, e o pior em 50 anos para Israel.
Ao todo, 3,8 mil pessoas morreram no confronto – 2,4 mil em Gaza, segundo o último balanço palestino, divulgado neste domingo, e 1,4 mil em Israel, segundo as autoridades locais.
A maioria das mortes de ambos os lados são de civis – crianças estão entre as vítimas.
Último conflito mais mortal teve invasão de Gaza por terra
O número de mortos em Gaza ultrapassou o da terceira guerra entre Israel e o Hamas, ocorrida em 2014, quando 2.251 palestinos, incluindo 1.462 civis, foram mortos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Aquela guerra durou seis semanas e 74 pessoas foram mortas do lado israelense, incluindo seis civis.
Naquele conflito, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, os israelenses iniciaram ataques aéreos contra Gaza. Os militantes de Gaza responderam, disparando foguetes contra Tel Aviv e Israel decidiu atacar Gaza também por terra.
Algo semelhante ainda não ocorreu no conflito atual. As Forças Armadas de Israel, entretanto, anunciaram no sábado (14) estar preparando uma “extensa operação” por terra, mar e ar à Faixa de Gaza.
Uma incursão por terra, segundo especialistas, será um dos momentos mais críticos e mortais da guerra entre Israel e Hamas.
A guerra atual eclodiu há uma semana, quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel num ataque surpresa chocante. Mais de 1.300 israelenses foram mortos no ataque inicial e abrangente e em ataques de foguetes vindos de Gaza.
Em Israel, só guerra promovida por Egito e Síria foi pior
Para Israel, esta é a guerra mais mortal desde o conflito de 1973 com o Egito e a Síria.
O ataque do Hamas contra Israel no sábado (7) ocorreu um dia após os 50 anos da Guerra de 1973, que quase levou o país a uma derrota. A Guerra do Yom Kippur, como foi chamada, começou com um ataque dos vizinhos árabes, liderados pelo Egito e Síria, contra Israel.
Inicialmente, o país teve dificuldades de conter os ataques árabes. Mas conseguiu se organizar e começou a lançar contra-ataques.
Mais de 2.600 israelenses foram mortos. Por outro lado, não são conhecidos números exatos de vítimas, mas as estimativas chegam a 15 mil egípcios e 3.500 sírios mortos.
Cinco anos depois, Israel assinou um acordo de paz com o Egito, o primeiro com um país árabe, e o Acordo de Desengajamento de Forças de 1974, entre Israel e a Síria.
Fonte: g1