A menina de nove anos, que foi estuprada na cidade de Antônio Cardoso contou aos pais que o suspeito a enforcou para que ela parasse de pedir socorro durante o crime. O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (29), depois que a mãe da criança saiu para trabalhar.
A mãe, que preferiu não se identificar, contou que a menina não lembra do rosto do suspeito. No momento do crime, ela estava dormindo e foi surpreendida pelo homem.
“Ela se assustou e quando viu, o indivíduo já estava em cima dela, arrancando a roupa dela. Ela gritou, mas depois do primeiro grito ele tapou a boca dela, a respiração e a enforcou”, disse a mãe.
Depois de estuprar a criança, o suspeito fugiu e ainda não foi identificado pela polícia. Já a menina foi até a casa da vizinha pedir ajuda. A mulher ligou para o pai da menina, Jucivaldo Paixão, que foi até o local amparar a filha.
“Meu amigo me ligou e disse: ‘sua filha foi estuprada’. Eu saí de casa desgovernado e quando cheguei lá a minha filha estava sangrando e chorando. Ela dizia: ‘papai, me leva para casa’”, contou.
A criança foi levada para o Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, onde passou por duas cirurgias. Nesta sexta-feira (1º), ela segue internada e com acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais. O estado de saúde dela não foi divulgado.
A polícia informou que realizou a coleta do material genético, ouviu testemunhas e segue com a investigação.
Família devastada
De acordo com a família da vítima, a criança costuma dormir com a madrinha, pois a mãe sai de madrugada para trabalhar em uma outra cidade. No dia do crime, ela pediu para passar mais tempo com a mãe e seria buscada pela madrinha ainda durante a manhã.
A madrinha da vítima, não conseguiu buscá-la para levá-la para a escola, como havia sido combinado. Ela contou que a afilhada está traumatizada e tem pesadelos com o estupro.
“Ela está muito assustada. Dormi com ela no hospital e ela acordou gritando ‘não tira meu short, não tira meu short’”, disse
A mãe da criança torce para que o autor do crime se identificado e preso. Ela teme que o crime possa acontecer com outras meninas.
“Estou nervosa, devastada. A gente nunca espera que isso aconteça com a família da gente. EU quero que ele pague pelo que ele fez com a minha filha, até porque a filha de outras pessoas podem correr esse risco”, desabafou.
Fonte: G1 BA e TV Subaé