Previsto inicialmente para ocorrer no Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), o 1° Curso de Língua Iorubá agora é no Mercado de Arte Popular (MAP). As aulas terão continuidade nesta quarta-feira, 10, a partir das 18h30, e terá como mediador Franck Jeannot Gnonhoue, um africano de Benin, que atualmente reside em São Francisco do Conde (Ba). A aula inaugural aconteceu no dia 03 de julho e o curso segue até o dia 18 de setembro, sempre às quartas-feiras, das 18h30 às 20h30.
A iniciativa é resultado de parceria entre a Associação Ginga Menino, o Ylé Asé Opasoró Fadaká e a Unilab (Universidade de Integração Internacional Lusofonia Afro Brasileira), e tem o apoio da Prefeitura através do Departamento de Turismo da Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico.
“Esse curso é uma oportunidade em trazer para Feira de Santana a reestruturação da língua iorubá – no Brasil ela se mantém de forma expressiva por meio dos rituais do candomblé – bem como de romper o preconceito que ainda existe com os povos de matriz africana”, afirma o sacerdote Alex Sandro de Jesus, o Babà Jafuran, idealizador do curso, ressaltando que as inscrições foram abertas a todos.
Foram inscritos além de adeptos do candomblé, estudantes nas áreas de História e Literatura, professores, mestrandos e doutorandos. “Inicialmente ofertamos vinte e cinco vagas. Como a procura superou nossas expectativas abrimos mais cinco vagas, que logo foram preenchidas”.
A diretora do Departamento de Turismo, Graça Cordeiro, observa a importância desse curso ao considerar “a preservação dos valores da cultura de matriz africana”. “O Brasil recebeu o povo africano e, mesmo depois de muitos anos, não conhecemos quase nada do universo da cultura de seus ancestrais. Eles absorveram e falam a nossa língua, e nós pouco ou nada conhecemos desse povo que se fundiu ao nosso povo de origem, o indígena”. O 1º Curso de Língua Iorubá foi aberto no dia 3.