A médica infectologista e diretora-geral do Instituto Couto Maia Ceuci Nunes disse, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (30), que o local já está se preparando para ser uma referência na Bahia, caso sejam registrados casos de coronavírus no estado. Ontem (29), um paciente chegou a ser encaminhado ao hospital com suspeita inicial da doença, o que foi descartado.
“O Couto Maia vai ser referência para os casos mais graves. O coronavírus pode dar, desde casos assintomáticos até casos de insuficiência respiratória. Então, para os casos mais graves, estamos nos preparando para ser referência, se os casos cheguem. A gente vai esperar o que vai ser daqui para frente”, disse.
Segundo a infectologista, os casos mais graves são em idosos, além de pessoas com diabetes e com Doença de Parkinson, que demandam aporte de UTI e ventilação mecânica. Ela avalia que o número de casos de coronavírus ainda vai aumentar, mas a letalidade não deve crescer na mesma proporção.
“Isso é a vantagem desse vírus novo, porque o coronavírus já causou duas grandes epidemias, a SARS e a MERS. E nessas duas, a letalidade foi bem mais alta e chegou a 10%. E felizmente foi contida. A gente espera que aconteça isso. A OMS ontem fez um elogio ao governo chinês porque está tomando medidas que precisam ser tomadas para conter infecção no país”, disse.
Ela explica que é que, como o vírus é novo, a população ainda não desenvolveu imunidade e pode adoecer. No entanto, o número de casos graves tem sido baixo proporcionalmente.
“A proporção de casos novos é alta, mas a proporção de casos graves é baixa. Então é a vantagem. A desvantagens existem, por exemplo, contaminar e não de ter sintomas e isso dificulta a vigilância”, alerta.
Fonte Metro 1