Após o fim do programa Mais Médicos, assim que foi iniciada a gestão do atual presidente Jair Bolsonaro, cerca de 2 mil dos 8 mil médicos cubanos que participavam do projeto ainda residem no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com O Globo, os profissionais que optaram por não voltar a terra de origem aguardam as decisões do governo para a regularização dos diplomas estrangeiros.
Titular da pasta da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, chegou a declarar em julho que a solução para a reintegração dos médicos cubanos seria a iniciativa do Ministério da Educação em realizar uma nova edição da Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida), que teve sua última edição no ano de 2017.
Sem previsão de realização, com a justificativa de que o exame passará por um processo de aperfeiçoamento, a ausência do Revalida e a falta de regularização dos profissionais obriga os médicos cubanos a buscarem outras formas de sobrevivência. No dia 16 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro chegou a declarar que os médicos cubanos integrariam “células de guerrilhas e doutrinação”.