Bolsa brasileira dispara 3,12%, embalada por alívio nos mercados internacionais
O mercado financeiro brasileiro viveu uma quarta-feira (9) de forte reviravolta, impulsionada por uma decisão de última hora do presidente americano Donald Trump. Após anunciar a suspensão das tarifas comerciais para todos os países, com exceção da China, o dólar despencou cerca de R$ 0,15, fechando a R$ 5,845, uma queda de 2,54%. A bolsa de valores reagiu com entusiasmo, saltando 3,15% e se aproximando da marca dos 128 mil pontos.
A cotação do dólar chegou a flertar com os R$ 6,10 no início do dia e se manteve ligeiramente acima desse patamar até pouco antes das 14h30. Foi então que, com a notícia do recuo de Trump, a moeda americana iniciou uma forte trajetória de queda, atingindo a mínima de R$ 5,83 por volta das 16h20. Apesar da expressiva baixa de hoje, o dólar ainda acumula alta de 2,53% em abril, mas no ano de 2025, a divisa americana registra uma queda de 5,42%.
O mercado de ações também celebrou a mudança de cenário. Após quatro pregões consecutivos de perdas, o Ibovespa da B3 encerrou o dia aos 127.796 pontos, com um ganho robusto de 3,15%. O índice chegou a operar em queda nos primeiros minutos do dia, mas reverteu a tendência após o anúncio da suspensão do tarifaço pelo governo americano.
O alívio nas tensões comerciais globais contagiou os mercados internacionais. Em Nova York, o Dow Jones (índice das empresas industriais) disparou 7,87%, enquanto o S&P 500 (das 500 maiores empresas) registrou sua maior alta desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com um avanço de 9,52%. O Nasdaq (índice das empresas de tecnologia) também teve um dia histórico, com um ganho de 12,16%, a maior alta percentual desde janeiro de 2001.
No mercado cambial internacional, a suspensão do tarifaço fez o dólar se valorizar frente a moedas fortes como o euro e o franco suíço, mas perder terreno para as moedas de países emergentes, que haviam sido penalizadas nos últimos dias pela perspectiva de aumento das tarifas. A expectativa de recuperação nos preços das commodities, como minério, petróleo e produtos agrícolas, também impulsionou as bolsas de países exportadores, como o Brasil.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações da Reuters