Medida dos EUA impulsiona mercados e beneficia emergentes; Ibovespa sobe 1,39% e dólar cai a R$ 5,85
O mercado financeiro começou a semana em alta, embalado por uma decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesta segunda-feira (14), o dólar comercial caiu pela segunda vez consecutiva, encerrando o dia vendido a R$ 5,85, após o anúncio da isenção de tarifas sobre produtos eletrônicos — incluindo itens fabricados na China. A medida ajudou a acalmar os mercados e beneficiou economias emergentes, como o Brasil.
Durante o dia, a cotação do dólar oscilou. Chegou a R$ 5,82 pela manhã, subiu para R$ 5,87 após o meio-dia e voltou a recuar até o fechamento, registrando uma queda de 0,34%. Apesar do alívio pontual, a moeda norte-americana ainda acumula alta de 2,54% em abril. No acumulado de 2025, no entanto, a queda é de 5,32%.
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, também reagiu positivamente à trégua comercial. Com alta de 1,39%, o índice fechou aos 129.454 pontos, o maior nível desde o dia 3 deste mês. O avanço foi impulsionado pela valorização das commodities e pelo alívio no cenário global, diante do impacto menor nas exportações chinesas.
A decisão de Trump afasta, temporariamente, o risco de desaceleração mais acentuada da economia chinesa — maior consumidora mundial de produtos agrícolas e minerais —, ao poupar itens como smartphones e computadores do tarifaço de 145% imposto a outras mercadorias chinesas.
No domingo (13), os EUA também anunciaram novas tarifas sobre semicondutores, mas com flexibilizações para algumas empresas. A sinalização, no entanto, não teve impacto negativo nos mercados, que reagiram de forma otimista à redução das tensões comerciais.
Com a trégua parcial na guerra tarifária e a perspectiva de maior demanda chinesa por commodities, os mercados emergentes ganham fôlego e investidores demonstram apetite por risco.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações da Reuters