Os casos de mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, voltaram a crescer em diversas partes do mundo, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar, na última quarta-feira (14), que a doença é novamente considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Embora o aumento global seja preocupante, a Bahia apresenta um cenário distinto, com uma queda acentuada nos registros desde 2022, conforme dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
Segundo país em número de casos, o Brasil registrou 11.212 casos de mpox entre 2022 e 2024. Destes, apenas 215 ocorreram na Bahia, a maioria em 2022, ano em que a doença também foi classificada como uma emergência internacional. Naquele período, a Bahia notificou 2.752 casos, dos quais 151 foram confirmados pela Sesab.
Em 2023, os números caíram drasticamente, com apenas 26 casos confirmados em todo o estado. Já em 2024, observou-se um leve aumento, com 38 casos confirmados até o dia 12 de agosto, resultantes de 111 notificações enviadas pelas secretarias municipais de saúde.
O maior pico de contaminação pela mpox na Bahia ocorreu em janeiro deste ano, com 12 casos. Desde então, os números têm mostrado uma tendência de queda: em fevereiro, foram seis casos confirmados, e em agosto, apenas um. Salvador é a cidade baiana com o maior número de confirmações desde o início de 2024, totalizando 25 casos. Até o momento, não houve registros de mortes causadas pela mpox no estado.
As regiões Leste, Centro-Leste, Sul e Extremo-Sul da Bahia foram as mais afetadas durante o período analisado pela Sesab, enquanto outras regiões não apresentaram casos confirmados ou notificações da doença.
Panorama global
No cenário mundial, a OMS contabilizou 99.176 casos confirmados de mpox em 116 países entre janeiro de 2022 e junho de 2024, com um total de 208 mortes. Somente em junho deste ano, foram registrados 934 novos casos em 26 países.
As regiões mais impactadas na última análise da OMS incluem África (567 casos), América (175 casos), Europa (100 casos), Pacífico Ocidental (81 casos) e Sudeste Asiático (11 casos). A grande maioria dos infectados globalmente, cerca de 96,4% (87.189 de 90.410 casos), são homens, com idade média de 34 anos (variando de 29 a 41 anos).
Fonte Metro1