Em seu livro “A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil”, lançado em outubro, o filósofo Denis Lerrer Rosenfield reuniu conversas com o ex-presidente Michel Temer sobre os bastidores da política antes do impeachment de Dilma Rousseff.
No livro, Temer nega ter conspirado para a saída de Dilma e credita o impeachment ao então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB). A ofensiva, diz Rosenfield, se deu em razão de o PT ter negado apoio ao deputado.
“O que aconteceu é que o PT agrediu muito o presidente da Câmara e, em face dessa agressão, ele não teve outra alternativa”, disse o autor em entrevista ao Estadão.
No livro, o ex-presidente, que chegou a ter apenas 3% de aprovação, diz ainda ter buscado a conciliação nacional. “Chamei os partidos logo que as coisas aconteceram e disse: ‘Vocês me indiquem nomes que eu vou examiná-los para verificar se eu os aprovo ou não’. Pretendo forma uma espécie de quase semi-presidencialismo”.
Fonte Metro1