O varejo baiano registrou variação negativa de 0,4%, no mês de outubro, em relação ao mês imediatamente anterior. Em relação a igual mês do ano passado, o setor apresentou na Bahia variação negativa de 1,6%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
A taxa de 0,4% no sazonal, apesar de negativa, ainda representa uma estabilidade no setor que não ocorreu na comparação com o ano anterior (-1,6%), em razão de um cenário de instabilidade na economia. Fatores como juros elevados, resultam no encarecimento das dívidas, comprometendo o estímulo para o consumo. Nem mesmo, o mês em que se comemora o Dia das Crianças e que é a terceira melhor data para o setor, alterou o cenário de retração. Corrobora para essa análise o fato de que Outros artigos de uso pessoal e doméstico, segmento que comercializa bens de menor valor agregado e que costumam ser influenciados pelo período foi o principal determinante para o recuo das vendas no comércio varejista no mês. Em relação ao acumulado do ano a retração na Bahia foi de 4,3%.
Por atividade, em outubro de 2022, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de outubro de 2021, revelam que cinco dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. O avanço nas vendas foi verificado nos segmentos de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (54,8%), Combustíveis e lubrificantes (6,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%), e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%). Os demais segmentos registraram comportamento negativo são eles: Tecidos, vestuário e calçados (-18,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,9%), e Móveis e eletrodomésticos (-4,3%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que as vendas de Móveis recuou 22,8%. Enquanto Eletrodomésticos e Hipermercados e supermercados registraram avanço de 4,9% e 1,4%, respectivamente.
Comércio Varejista Ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou retração de 10,4% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. Esse comportamento resultou no acumulado dos últimos 12 meses, variação foi negativa de 5,8%.
Fonte: ASCOM/SEI