Em um cenário pós-pandemia, muitas empresas precisam driblar a crise econômica com a escalada dos juros e os reflexos da inflação na economia para garantir êxito no cronograma anual e bater as metas estabelecidas. Entretanto, muitos empreendedores não se atém a um direito previsto em lei que possibilita reaver valores que foram pagos a mais em impostos. A recuperação de crédito tributário pode trazer garantias positivas a esses empresários em um momento de necessidade de dar um fôlego financeiro ao negócio.
O presidente do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRCBA), André Luís Barbosa dos Santos, afirma que as empresas que optaram pelo Simples Nacional e atuam em diversos setores têm o direito de solicitar a recuperação de crédito tributário. “Os pequenos e médios negócios, que representam 90% dos empreendimentos espalhados pelo país, podem também usufruir dessa opção, prevista em lei, e solicitar o recurso”.
Dados do IBGE revelam que 95% das empresas no Brasil pagam impostos indevidamente por falta de conhecimento da legislação, o que faz com que muitos empresários não tenham acesso ao que é seu por direito, ou seja, não recuperam valores em período de crise econômica. Somado a esse fato, o Sebrae aponta que, em 2022, 34% dos empresários entrevistados afirmaram que o acesso ao crédito facilitado poderia ter evitado o fechamento das empresas.
André Luís Barbosa explica que a recuperação de créditos tributários é um serviço que resgata um valor a partir do levantamento de tributos pagos pela empresa em determinados anos. No entanto, é necessário realizar uma busca de dados relativos a impostos pagos pela empresa para identificar possíveis créditos que podem ser recuperados.
Para o presidente do CRCBA, a recuperação tributária é uma forma de evitar que uma empresa seja fechada, pois é essencial que qualquer negócio siga com um aporte de caixa, mantendo-se sempre ativo e próspero. “Com a recuperação de créditos tributários, além de auxiliar a eficiência tributária, administrativa e financeira, muitas empresas conseguiriam um impacto positivo no fluxo de caixa e realizariam investimentos, evitando pagamentos de tributos indevidos”.
Fonte: Helder Azevedo