Imagine se existissem exames que pudessem dizer quem corre mais risco de sofrer com algum problema cardíaco, como um enfarte. Testes assim já existem, e há opções mais simples e outras que apresentam informações detalhadas.
— Temos um arsenal de exames que podem ser feitos para detectar as doenças antes de elas se manifestarem — diz Rodrigo Barretto, presidente do Congresso e chefe de Ecocardiografia do Instituto Dante Pazzanese.
Uma das possibilidades é a tomografia computadorizada, com a qual é possível investigar em minutos a presença de cálcio nas artérias. Sua presença ou ausência pode determinar quem corre risco de sofrer um enfarte nos próximos cinco anos, por exemplo.
— A calcificação das artérias do coração ocorre quando há placas de gordura. Se não houver cálcio, os riscos de infartar são mínimos — diz Márcio Bittencourt, médico do Hospital Universitário da USP e coordenador de tomografia e ressonância do Dasa.
Outro exame que possibilita uma investigação maior sobre os riscos de um enfarte é a angiotomografia. Ela é capaz de mostrar o interior das artérias, dando com mais detalhes sobre a presença de placas de gordura e calcificação.
— Apesar de ser um exame mais detalhado, só o indicamos para pessoas que realmente tenham risco de sofrer com algum problema de coração ou estejam apresentando sintomas — afirma Márcio Bittencourt.
Tomografia do coração
Indicação: pessoas jovens, sem sintomas de doenças do coração e sem histórico familiar
Função: observar o escore de cálcio (quantidade de composto) dentro da artéria do coração.
Como é feito: no tomógrafo, sem contraste
Contraindicações: pessoas que não podem receber radiação, como gestantes
Angiotomografia
Indicação: pessoas jovens, sem sintomas de doenças do coração e sem histórico familiar
Função: observar o estado das artérias do coração, seu diâmetro e fluxo sanguíneo
Como é feito: No tomágrafo, com uso de contraste
Contraindicação: pessoas que tenham a alergia a contraste isolado e gestantes