Uma equipe formada por técnicos das secretarias de Habitação, Saúde e Desenvolvimento Social da Prefeitura de Feira de Santana realizou uma visita técnica a aproximadamente 10 famílias que estão em vulnerabilidade social no bairro Lagoa Salgada.
A equipe formada por assistentes sociais, educadores sociais, enfermeira e tendo a frente o diretor do Departamento da Proteção Social da Sedeso, Cristiano Queiroz, fez a visita técnica para identificar a situação de cada uma das famílias daquele bairro.
A psicóloga Elisangela Bullos, do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), explica que os moradores não querem deixar o local por vários motivos, mas todos são assistidos pelo Governo do prefeito Colbert Martins Filho e tem encaminhamentos da Secretaria de Habitação e Defesa Civil. Além disso, todos recebem o benefício do Bolsa Família.
“Eles tem resistência em sair. Tivemos inclusive uma demandatária que recebeu uma casa do Programa Minha Casa Minha Vida e não teve interesse em se mudar. Ela alegou que lá não teria condições de criar animais”, explicou.
O diretor do Departamento de Proteção Social da Sedeso, Cristiano Queiroz, explica que o Governo Municipal vem buscando alternativas. “A gente veio fazer as verificações técnicas para que a gente possa ver o que podemos fazer a respeito dessas famílias. Foi sinalizado por elas um local para plantar e criar os animais. Todas são assistidas e recebem os benefícios. Mas, a gente precisa atuar de uma maneira mais significativa na vida dessas pessoas. Vamos buscar alternativas, para tirá-las dessas condições”, ressaltou.
O carregador Márcio de Jesus [foto acima] mora em um barraco na localidade e disse que a situação piora quando chove. Ele declarou que não tem para onde ir e tira o seu sustento trabalhando no serviço de carga e descarga no Centro de Abastecimento. “Não tenho como sair daqui e nem como pagar aluguel. Me cadastraram em alguns projetos, mas ainda não consegui nada”, disse.
Mãe de seis filhos, a moradora Fabiana Pureza [foto acima] relatou que apesar das dificuldades encontradas não pretende deixar o local. Ela informou que cria alguns animais e trabalha com reciclagem. “Não tenho como sair daqui porque eu tenho meus animais e meus materiais de reciclagem. Eu vivo aqui com meus filhos e se for para outro lugar não tenho como levar o cavalo que me ajuda no trabalho”, observou.
Participaram tambem dessa visita o chefe de Proteção Social Especial da Sedeso Roque Moraes, a enfermeira referência em anemia falciforme Luciana Lima, e a presidente do Conselho das Comunidades Negras, Lurdes Santana.
Reprodução Secom/ Fotos Ney Silva