O faturamento real da indústria de transformação cresceu 1,4% em novembro de 2022 em relação ao resultado de outubro, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, produzida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O crescimento foi 9,9% em comparação com o mesmo mês de 2021. De acordo com os dados, divulgados na quarta-feira (18), o faturamento acumula o segundo mês de crescimento e atinge o ponto mais alto desde 2015.
Segundo a pesquisa, novembro não sugere novos impulsos da indústria de transformação. A capacidade instalada, horas trabalhadas e acomodação do emprego tiveram uma pequena variação positiva, de 0,1%, em relação ao mês anterior. Na comparação com novembro de 2021, o crescimento é de 1,3%. O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o percentual está em queda.
“Emprego e utilização da capacidade instalada. Todos aumentaram 0,1%, no caso de horas trabalhadas e emprego e 0,1% no caso da utilização da capacidade instalada. São variações bastante pequenas. A utilização da capacidade instalada vem de uma leve sequência bastante gradual de quedas. Continua em um percentual alto, mas vem em queda”, destaca.
No entanto, houve espaço e uma relativa estabilidade de preços para o avanço dos indicadores financeiros, como faturamento, massa salarial e rendimento médio do trabalhador. Para Marcelo Azevedo, os números são positivos.
“À primeira vista, os números dos indicadores industriais de novembro de 2022 são bastante positivos. Todos mostraram variação positiva. O faturamento real, por exemplo, continua em uma forte sequência de alta. Ele chegou no maior valor de 2015. Massa salarial e rendimento médio do trabalhador da indústria, seguindo uma sequência de altas também e refletindo uma melhora do mercado de trabalho, também atingiram os melhores valores desde 2020, são valores bem positivos”, afirma.
A pesquisa Indicadores Industriais tem como objetivo retratar o cenário industrial em determinado período, que engloba emprego, faturamento, horas trabalhadas, massa salarial e rendimento médio real. O estudo serve como base para outras análises da CNI, como o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI).
Fonte: Brasil 61